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Citi eleva preço-alvo da Marfrig e recomenda compra

14 jan 2020, 14:40 - atualizado em 14 jan 2020, 14:55
Suculento: bom momento do mercado americano favorece ações da Marfrig (Foto: Money Times)

O Citi está animado com as perspectivas da Marfrig (MRFG3) nos Estados Unidos. Tanto, que elevou o preço-alvo das ações de R$ 11,50 para R$ 14. O novo valor significa um potencial de alta de 27% sobre o fechamento desta segunda-feira (13). O banco também passou a indicar a compra dos papéis, mas com o aviso de que o risco é elevado.

Assinado pelos analistas João Pedro Soares e Tobias Stingelin, o relatório lista três motivos para a melhoria da recomendação do banco. O primeiro é a expectativa de que o consumo de carne cresça neste ano nos EUA. O segundo é a projeção de que maior geração de caixa, após a Marfrig adquirir a fatia de 31% que a gestora de fundos de investimentos Jefferies Financial Group detinha na National Beef.

Por último, a saída do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) do quadro de acionistas da Marfrig também reduz o risco de interferências do banco estatal na gestão da companhia.

Caixa forte

O Citi acrescenta que a recente injeção de R$ 901 milhões na caixa da Marfrig, por meio de um follow-on, e o uso desse dinheiro para quitar antecipadamente dívidas com juros altos, mostram que a empresa está mais preocupada em reforçar seu balanço, do que em expandir seus negócios por meio de aquisições.

Apetite: consumo americano deve crescer em 2020 (Imagem: Unsplash/@barronrothphotography)

Com isso, o Citi elevou em 18% a projeção de geração de caixa, medida pelo ebitda, deste ano. O novo valor é de R$ 4,585 bilhões. Para 2021, o indicador subiu 16%, para R$ 4,08 bilhões.

Atualmente, os analistas estimam que as ações da Marfrig são negociadas por múltiplos abaixo do ideal. A relação FV/Ebitda, que compara o valor da empresa com sua geração de caixa, está em 4,7 vezes. No modelo do Citi, a proporção deveria ser de 5,2 vezes.

“Acreditamos que a Marfrig poderia, potencialmente, gerar R$ 1 bilhão em FCFE [fluxo de caixa livre para os acionistas] em 2020 (13,2% yield)”, afirma o banco.

Os investidores também estão de bom humor com a companhia. Por volta das 14h30, as ações subiam 2,44% na bolsa, negociadas a R$ 11,32 – uma das maiores altas daquele momento, segundo a B3 (B3SA3). No mesmo instante, o Ibovespa recuava 0,18%, para 117.119 pontos.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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