Citi vê mercados instáveis e reduz risco em carteira de ações do Brasil

Analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil, citando incertezas no cenário político do país e sinais de possível exagero nos preços de ações nos Estados Unidos.
Em relatório a clientes nesta sexta-feira (17), eles destacaram que, apesar da diminuição dos temores sobre uma possível escalada tarifária entre Brasil e EUA, o cenário político interno segue incerto.
“A indefinição quanto às eleições de 2026 continua sendo um ponto de atenção. A oposição ainda não conseguiu se unir em torno de um candidato, o que tem favorecido a popularidade do atual governo”, afirmaram.
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Esse pano de fundo doméstico, aliado a sinais de possíveis valuations infladas nos Estados Unidos, “nos faz pensar que é o momento de reduzir o beta das carteiras como forma de proteção contra uma possível correção mais ampla no mercado”, escreveram.
Diante disso, eles elevaram o peso do setor de serviços de utilidade pública de 15% para 35%, enquanto a participação da Petrobras passou de 5% para 10%.
Eles destacaram, porém, que o Ibovespa ainda apresenta um valuation atrativo em comparação com pares globais, enquanto os juros no país seguem acima do nível de equilíbrio, o que abre espaço para um possível ciclo de cortes já no início de 2026.
“Esse conjunto de fatores continua sustentando uma alocação estratégica em ações brasileiras”, afirmaram.
Nesse contexto, eles excluíram MBRF, Banco do Brasil, C&A Modas, Klabin e Fleury, enquanto incluíram Cyrela, Nu Holdings, Localiza e Equatorial.
O portfólio ainda inclui Marcopolo, Prio, Vibra, Vivara, Smartfit, Rede D’Or <RDOR3.SA>, Grupo GPS, Petrobras, Neoenergia e Copel.