Internacional

Clarida, do Fed: “Rebalanceamento” torna ritmo de recuperação de empregos nos EUA “mais incerto”

12 maio 2021, 11:29 - atualizado em 12 maio 2021, 11:29
Richard Clarida
“As perspectivas de curto prazo para o mercado de trabalho parecem ser mais incertas do que as perspectivas para a atividade econômica”, disse Richard Clarida (Imagem: REUTERS/Jonathan Crosby)

Levará “algum tempo” até que a economia dos Estados Unidos esteja recuperada o suficiente para que o Federal Reserve (Fed) considere reduzir suas compras mensais de títulos, disse nesta quarta-feira o vice-chair do Fed, Richard Clarida, reconhecendo que o fraco relatório de empregos de abril torna o ritmo da recuperação de empregos “mais incerto” do que o da economia como um todo.

As autoridades do Fed esperavam que abril marcasse o início de uma sequência constante de forte geração de emprego, de um milhão ou mais novos postos de trabalho a cada mês, mas o ritmo dos últimos três meses é agora apenas cerca de metade disso.

Embora a recuperação da produção global deva “ganhar força” neste ano, disse Clarida, a atual velocidade de abertura de postos de trabalho significa que os EUA não retornarão ao seu nível de empregos pré-pandemia até o segundo semestre do próximo ano.

“As perspectivas de curto prazo para o mercado de trabalho parecem ser mais incertas do que as perspectivas para a atividade econômica”, disse Clarida em comentários via webcast para um simpósio da Associação Nacional de Economia Empresarial, classificando o fraco relatório de empregos de abril (com apenas 266 mil novas vagas abertas) como indicativo de mudanças na economia que podem levar tempo para se desenvolver.

Clarida disse que ainda não está claro quanto tempo tudo levará para ser resolvido e como isso poderá afetar salários e preços ou o progresso do banco central em direção às suas metas de pleno emprego.

“O que esse reequilíbrio necessário de oferta e demanda de trabalho significa para a dinâmica de salários e preços dependerá, principalmente, do ritmo de recuperação da participação da força de trabalho, bem como da extensão de disparidades pós-pandemia entre demanda e oferta de trabalho em setores específicos da economia e de por quanto tempo esses desequilíbrios persistirão”, disse Clarida.

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