Clima frio e seco vai intensificar colheita de soja na Argentina

As condições de clima seco e frio esperadas para os próximos dias ajudarão a secar os campos agrícolas da Argentina, permitindo que os produtores intensifiquem a colheita de soja atrasada após repetidas chuvas, informaram as bolsas de Buenos Aires e Rosário nesta quarta-feira (28).
A Argentina é o maior exportador mundial de óleo e farelo de soja, mas as fortes chuvas em regiões agrícolas importantes paralisaram a colheita da oleaginosa, levantando preocupações sobre possíveis perdas de rendimento. O governo estima que a safra de soja de 2024/25 seja de 49 milhões de toneladas métricas.
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BdeC) disse que haverá um influxo de ar frio que reduzirá as temperaturas, com possível geada em algumas áreas de produção.
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“São condições frias esperadas que podem ajudar a secar ainda mais a safra e melhorar as condições para a colheita da soja”, disse Cristian Russo, chefe de estimativas agrícolas da Bolsa de Comércio de Rosário (BCR), à Reuters.
“Após as chuvas, elas podem ser um fator positivo para a recuperação desses campos e sua colheita”, acrescentou.
De acordo com o último relatório de progresso da colheita da bolsa de Buenos Aires, a colheita de soja em partes do norte da província de Buenos Aires estava entre 9 e 20 pontos percentuais atrás do ritmo do ano passado. Até a semana passada, 74,3% da safra nacional de soja havia sido colhida.
“A maior parte da área agrícola da Argentina receberá pouca ou nenhuma chuva (menos de 10 milímetros)”, disse a bolsa em seu relatório agroclimático semanal.