Esportes

Clubes sociais e esportivos pedem mais recursos de loterias

24 maio 2018, 12:47 - atualizado em 24 maio 2018, 12:47
Audiência na Comissão do Esporte discute a destinação de verbas de loterias para formação de atletas (Crédito: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados)

Representantes de clubes sociais e esportivos de todo o Brasil defenderam o aumento de recursos provenientes das loterias para a formação de atletas de base, olímpicos e paralímpicos. Trinta e dois clubes, sindicatos e federações de clubes participaram nesta quarta-feira (23) de audiência pública na Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados, onde está em discussão projeto de lei que altera o montante desses recursos (PL 6718/16).

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Atualmente, os clubes têm direito a 0,5% dos recursos brutos arrecadados com as loterias. Em 2017, esse montante foi de aproximadamente R$ 61 milhões. Os clubes defendem que esse percentual seja dobrado.

Presidente da Comissão do Esporte, o deputado Alexandre Valle (PR-RJ), que propôs o debate, detalha o que mais está em jogo: “O que nós queremos é que haja efetivamente uma fiscalização muito maior sobre esses recursos. Que haja um parâmetro para gasto com pessoal, com investimentos, para que a gente não seja pego de surpresa com outro escândalo.”

Transparência

Jair Alfredo Pereira, presidente do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), defendeu a transparência da instituição: “O CBC hoje é exemplo para o TCU, o Ministério dos Esportes e CGU em prestação de contas. Nós prestamos contas trimestralmente. No Brasil, a formação de atletas olímpicos sempre acontece nos clubes sociais e esportivos. E o CBC, como representante desses clubes, ele procura fazer com que esse recurso realmente chegue no seu fim.”

Já o diretor da Confederação Nacional de Clubes (Fenaclubes), Edson Garcia, detalhou como é feita a distribuição dos recursos para os clubes: “Dez por cento vão para o esporte escolar, 5% para o esporte universitário, 15% para o paraolímpico. Nós gastamos no máximo 20% em despesa administrativa. Conclusão: sobram 50% para o esporte olímpico.”

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Segundo o diretor da Fenaclubes, 245 clubes sociais e esportivos do Brasil têm mais de 100 anos. E cerca de 80% dos atletas olímpicos brasileiros estão vinculados aos clubes.

Na ponta

Presidente do conselho deliberativo do Minas Tênis Clube, Sérgio Bruno Zech Coelho, criticou os recursos que estariam sendo gastos com administração pelo CBC. ” Nós precisamos de recursos para aplicar efetivamente no esporte, mas tem que ser aplicado no esporte, na ponta”, disse.

O projeto de lei que aumenta os recursos para a formação de atletas pelos clubes sociais e esportivos seria votado nesta semana. No entanto, um pedido de vista, para que os deputados possam avaliar melhor o projeto, adiou a votação para a próxima semana.

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