Ibovespa CNH sem autoescola: quanto vai custar para tirar a habilitação
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Nesta segunda-feira (1º) foi aprovada a resolução da CNH sem autoescola. A norma — que visa reduzir o alto custo para tirar a habilitação — deve passar a valer ainda nesta semana, após ser publicada no Diário Oficial da União e com anúncio do presidente Lula em evento. Mas afinal, quanto essa redução vai representar no bolso dos brasileiros?
Hoje, mais de 20 milhões de pessoas dirigem sem habilitação nas ruas do país, segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Os altos valores cobrados para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) estão entre os principais motivos. Com a nova lei, o Ministério dos Transportes estima uma queda de até 80% nos gastos para obter o documento.
Quanto custa para tirar a CNH hoje
Em alguns estados, o custo atual pode comprometer até 30% da renda familiar. No topo da lista está o Rio Grande do Sul, onde o valor médio para tirar as categorias A e B (moto e carro) chega a R$ 4.951,35, segundo a Senatran.
Na outra ponta, o estado mais barato é a Paraíba, onde o custo médio é de R$ 1.950,40.
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Os 5 estados com a CNH mais cara do Brasil:
- Rio Grande do Sul (RS): R$ 4.951,35
- Mato Grosso do Sul (MS): R$ 4.477,95
- Bahia (BA): R$ 4.120,75
- Minas Gerais (MG): R$ 3.968,15
- Santa Catarina (SC): R$ 3.906,90
Quanto vai custar a CNH sem autoescola
Como dito anteriormente, de acordo com o Ministério dos Transportes, a meta é reduzir em cerca de 80% o custo para quem deseja obter a habilitação.
Se aplicada essa redução, no Rio Grande do Sul o valor médio cairia de R$ 4.951,35 para cerca de R$ 990, gerando uma economia de R$ 3.961.
Em São Paulo, por exemplo, onde o custo atual é de R$ 1.983, o preço cairia para cerca de R$ 396, o que representa uma diferença de R$ 1.587.
- Veja o passo a passo de como obter a CNH sem autoescola.
Veja quanto deve custar a CNH sem autoescola em cada estado:
| Estado | Custo Atual (R$) | Custo Após Redução (R$) | Diferença (R$) |
| Acre (AC) | R$ 3.906,60 | R$ 781,32 | R$ 3.125,28 |
| Alagoas (AL) | R$ 2.069,14 | R$ 413,83 | R$ 1.655,31 |
| Amazonas (AM) | R$ 3.418,95 | R$ 683,79 | R$ 2.735,16 |
| Amapá (AP) | R$ 3.780,47 | R$ 756,09 | R$ 3.024,38 |
| Bahia (BA) | R$ 4.120,75 | R$ 824,15 | R$ 3.296,60 |
| Ceará (CE) | R$ 3.020,97 | R$ 604,19 | R$ 2.416,78 |
| Distrito Federal (DF) | R$ 3.005,67 | R$ 601,13 | R$ 2.404,54 |
| Espírito Santo (ES) | R$ 2.338,76 | R$ 467,75 | R$ 1.871,01 |
| Goiás (GO) | R$ 2.600,39 | R$ 520,08 | R$ 2.080,31 |
| Maranhão (MA) | R$ 2.858,01 | R$ 571,60 | R$ 2.286,41 |
| Minas Gerais (MG) | R$ 3.968,15 | R$ 793,63 | R$ 3.174,52 |
| Mato Grosso do Sul (MS) | R$ 4.477,95 | R$ 895,59 | R$ 3.582,36 |
| Mato Grosso (MT) | R$ 2.964,04 | R$ 592,81 | R$ 2.371,23 |
| Pará (PA) | R$ 2.802,45 | R$ 560,49 | R$ 2.241,96 |
| Paraíba (PB) | R$ 1.950,40 | R$ 390,08 | R$ 1.560,32 |
| Pernambuco (PE) | R$ 3.416,44 | R$ 683,29 | R$ 2.733,15 |
| Piauí (PI) | R$ 2.401,00 | R$ 480,20 | R$ 1.920,80 |
| Paraná (PR) | R$ 3.670,83 | R$ 734,17 | R$ 2.936,66 |
| Rio de Janeiro (RJ) | R$ 2.567,82 | R$ 513,56 | R$ 2.054,26 |
| Rio Grande do Norte (RN) | R$ 2.806,00 | R$ 561,20 | R$ 2.244,80 |
| Rondônia (RO) | R$ 2.355,22 | R$ 471,04 | R$ 1.884,18 |
| Roraima (RR) | R$ 3.828,40 | R$ 765,68 | R$ 3.062,72 |
| Rio Grande do Sul (RS) | R$ 4.951,35 | R$ 990,27 | R$ 3.961,08 |
| Santa Catarina (SC) | R$ 3.906,90 | R$ 781,38 | R$ 3.125,52 |
| Sergipe (SE) | R$ 3.049,97 | R$ 609,99 | R$ 2.439,98 |
| São Paulo (SP) | R$ 1.983,90 | R$ 396,78 | R$ 1.587,12 |
| Tocantins (TO) | R$ 2.985,33 | R$ 597,07 | R$ 2.388,26 |
O valor apresentado é apenas uma estimativa baseada na projeção do Ministério dos Transportes.
A proposta permite que instrutores autônomos ofereçam o serviço de formação de condutores, sem a necessidade de vínculo com autoescolas, ou seja, o preço deve variar de acordo com o profissional.
As principais mudanças com a aprovação do projeto
Confira a seguir as principais mudanças com a aprovação da norma:
- Fim da obrigatoriedade de frequentar uma autoescola para tirar a CNH — o candidato poderá optar por instrutor autônomo credenciado ou autoescola tradicional.
- Redução drástica da carga horária mínima de aulas práticas: de 20 horas para apenas 2 horas obrigatórias antes do exame final.
- Possibilidade de usar o próprio veículo do candidato nas aulas práticas e na prova de direção — desde que o carro atenda às normas de segurança do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
- Curso teórico passa a ter flexibilidade no formato: poderá ser feito de forma presencial, remota ou digital, gratuitamente, sem carga horária pré-determinada.
- Criação da figura do instrutor autônomo credenciado pelos Detrans, que pode atuar independentemente de autoescolas tradicionais.
- Fim do prazo máximo de 12 meses para completar todo o processo da habilitação — com a nova regra, não há limite de tempo fixado (salvo exceções previstas).
Confira todas as alterações aprovadas: Contran aprova projeto e reduz em 90% carga horária das aulas práticas
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