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Coca-Cola anuncia plano para lançar bebida com açúcar de cana nos EUA

22 jul 2025, 14:23 - atualizado em 22 jul 2025, 14:23
Coca-cola açúcar
(Foto: Reuters)

A Coca-Cola apresentou nesta terça-feira (22) planos para lançar um novo produto feito com açúcar de cana nos Estados Unidos este ano e divulgou resultados trimestrais superiores às estimativas, impulsionados pela demanda resistente por bebidas sem calorias e por preços mais altos.

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Empresas alimentícias estão buscando ingredientes substitutos mais saudáveis em resposta à campanha Make America Healthy Again (Faça a América Saudável Novamente) do Secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr. Na semana passada, o presidente Donald Trump disse que a Coca-Cola havia concordado em usar açúcar de cana nos produtos dos EUA.

A Coca-Cola está procurando usar “todo o conjunto de ferramentas disponíveis de opções de adoçantes” onde houver demanda do consumidor, disse o CEO James Quincey em uma conferência sobre os resultados trimestrais.

A rival PepsiCo, que superou as previsões de lucros trimestrais na semana passada, também disse que usaria ingredientes naturais se os consumidores quisessem.

A empresa já vende Coca-Cola feita com açúcar de cana em outros mercados, inclusive no México, e alguns supermercados dos EUA vendem garrafas de vidro com açúcar de cana rotuladas como Coca-Cola “mexicana”.

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Embora existam algumas pequenas diferenças entre o açúcar de cana e o xarope de milho como adoçantes, os especialistas afirmam que o excesso de ambos não é bom para os consumidores.

A mudança para o açúcar de cana também aumentará os custos, incluindo ajustes significativos nas cadeias de suprimentos, disseram analistas do setor.

A Coca-Cola reiterou que o impacto nos custos devido à “dinâmica do comércio global” permaneceu administrável. Cerca de 61% de sua receita vem de mercados estrangeiros.

A empresa disse que procuraria opções de embalagens acessíveis, como garrafas plásticas, quando Trump impôs uma tarifa de 25% sobre as importações de alumínio. A partir de junho, as tarifas sobre as importações de alumínio atingiram 50%.

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Preços mais altos compensam impacto no volume

A receita comparável da empresa aumentou 2,5% para US$ 12,62 bilhões nos três meses encerrados em 27 de junho, superando as estimativas de US$12,54 bilhões, de acordo com dados compilados pela LSEG.

Os volumes caíram 1% depois de aumentarem 2% em cada um dos dois trimestres anteriores, em grande parte devido a quedas em mercados importantes como México e Índia, bem como em sua marca Coca-Cola nos EUA.

Os volumes da América do Norte caíram “devido à incerteza contínua e à pressão sobre alguns segmentos socioeconômicos dos consumidores”, disse Quincey.

A demanda por refrigerantes caros permaneceu instável nos últimos trimestres, especialmente nos países desenvolvidos, com os consumidores de baixa renda tornando-se mais conscientes em relação aos preços.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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