Cogna (COGN3): O que está por trás da queda de até 5% hoje (11)?
As ações da Cogna (COGN3) se destacaram na ponta negativa do Ibovespa (IBOV) nesta segunda-feira (11) em realização dos ganhos recentes após o anúncio de compra da Faculdade de Medicina de Dourados (FMD).
COGN3 encerrou a sessão com queda de 3,58%, a R$ 2,96. Na mínima intradia, o papel chegou a cair 5,21%.
Apesar da queda das ações, os analistas avaliam que a aquisição da faculdade é positiva para a educacional.
Na avaliação do Citi, a Cogna aproveitou uma “boa oportunidade de compra” ainda que a operação seja relativamente pequena, representando um 1% do valor de mercado da companhia.
Os analistas ainda destacam que o valuation da FMD também foi “relativamente barato”, dado o preço de R$ 900 mil por vaga.
“A transação marca a retomada da Cogna em fusões e aquisições após um longo período de inatividade (o último negócio foi com a Somos), o que, em nossa opinião, naturalmente sinaliza confiança no balanço patrimonial e na geração de fluxo de caixa”, escreveram Leandro Bastos e Renan Prata em relatório.
A faculdade adquirida possui 60 vagas no curso de Medicina recém-aprovada, o que, na visão do Citi, fortalece a presença das empresas em escolas médicas. Após a transação, a Cogna somará 653 vagas no curso.
“Reconhecemos que seu estágio pré-operacional aumenta naturalmente os riscos de execução”, acrescentaram os analistas do banco.
O Citi reiterou a recomendação neutra/alto risco para COGN3 com preço-alvo de R$ 3 — o que representa um potencial de desvalorização de 2,3% sobre o preço de fechamento da última sexta-feira (8).
A XP também destaca o “múltiplo” atraente do valuation da FMD, afirmando que o impacto inicial na alavancagem da companhia é limitado e que deve reduzir nos próximos períodos, conforme as vagas forem preenchidas.
A corretora tem recomendação de compra para as ações da educacional, com preço-alvo de R$ 4,20 — o que representa um potencial de valorização de 36,8% sobre o preço do último fechamento.
No ano, a ação COGN3 acumula valorização de quase 180%, sendo a companhia com o melhor desempenho na carteira teórica do Ibovespa (IBOV).