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Cogna (COGN3) recua após balanço do 3T25; o que dizem os analistas?

07 nov 2025, 12:42 - atualizado em 07 nov 2025, 14:03
Cogna
(Imagem: Cogna/Divulgação)

Cogna (COGN3) reverteu o prejuízo para lucro líquido de R$ 191,6 milhões no terceiro trimestre (3T25) e, mesmo assim, as ações da educacional operam em forte queda nesta sexta-feira (7). 

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Por volta de 12h20 (horário de Brasília), COGN3 caía 4,80%, a R$ 3,57, figurando como a segunda maior baixa do Ibovespa (IBOV). Na mínima intradia, os papéis chegaram a recuar 5,87%. 



Segundo a companhia, excluindo o reconhecimento do IR diferido e a reversão de contingência, o lucro líquido ajustado ficou em R$ 13,5 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente consolidado da Cogna somou R$422,7 milhões, alta de 9,8% ano a ano, com a margem nessa métrica caindo 2,3 pontos percentuais, para 27,7%.

As projeções de analistas compiladas pela LSEG apontavam lucro líquido de R$45,45 milhões, com receita de R$1,473 bilhão e Ebitda de R$396,13 milhões.

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Assim, a queda das ações nesta sexta-feira (7) deve-se, em parte, a realização dos fortes ganhos recentes. COGN3 é o papel com melhor desempenho no Ibovespa no acumulado do ano, com valorização de 237% desde janeiro

“Trimestre limpo”

Os resultados da Cogna foram considerados “sólidos” e positivos, com números ligeiramente acima das expectativas. 

Para o BTG Pactual, o grupo de educação apresentou mais um “trimestre limpo”, marcado pela “mesma consistência observada nos trimestres anteriores, com forte crescimento de receita no segmento de graduação (Kroton) e maior desalavancagem”. 

“Os resultados do 3º trimestre marcam mais um capítulo do ciclo de recuperação da Cogna. Acreditamos que a consistência demonstrada nos últimos trimestres fala por si só, especialmente ao observar os números encorajadores de fluxo de caixa ao acionista”, escreveram os analistas Samuel Alves, Maria Resende e Marcel Zambello, em relatório. 

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O trio destacou ainda que os ajustes de Ebitda foram mínimos — “apenas R$ 3 milhões classificados como itens não recorrentes, um dos menores níveis já reportados pela Cogna, o que sugere um trimestre limpo”, disseram. 

Já o Safra chamou a atenção para o Lucro por Ação (LPA ou EPS, na sigla em inglês) ajustado, que ficou acima das estimativas do banco e do consenso do mercado. 

“Um ciclo saudável de captação e preços mais firmes sob uma melhor combinação de matrículas impulsionaram um forte crescimento da receita total (top-line) e elevaram o Ebitda consolidado”, avaliaram os analistas Ricardo Boiati, Thiago Marmo e Rafael Une. 

Os analistas atribuíram os “fortes resultados” pelo desempenho de Kroton, mas também consideraram que Vasta e Saber registraram receitas anuais positivas, “embora com uma contribuição menor”. 

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Já na avaliação da Ágora Investimentos/Bradesco BBI, os resultados vieram “ainda mais expressivos”, com destaque para a “sólida” geração de fluxo de caixa. 

O que fazer com as ações COGN3 agora? 

O Safra e a Ágora/Bradesco BBI reiteraram a recomendação de compra para as ações, dado o forte “momentum” de lucros. 

Já o BTG Pactual mantém a recomendação neutra. Segundo os analistas, o papel já está precificado “de forma justa”, com o salto de mais de 230% no ano. O banco tem preço-alvo de R$ 4,00 — o que representa um potencial de valorização de 6,7% sobre o preço de fechamento de ontem (6).

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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