Cogna (COGN3), Yduqs (YDUQ3), Ânima (ANIM3) e Ser Educacional (SEER3) em alta: o que impulsiona as ações de educação hoje (26)?
As ações das companhias de educação avançam na B3, em dia de forte apetite ao risco no cenário doméstico e em reação a mudanças anunciadas pelo Ministério da Educação (MEC).
Por volta de 12h (horário de Brasília), Cogna (COGN3) tinha alta de 1,31%, a R$ 3,88, no Ibovespa (IBOV). Também negociada no índice, Yduqs (YDUQ3) subia 1,48%, a R$ 13,07.
Entre as educacionais negociadas fora do Ibovespa, Ânima (ANIM3) registrava avanço de 3,06%, a R$ 3,71; e Ser Educacional (SEER3) operava com ganho de 3,35%, a R$ 9,57, no mesmo horário.
O setor reage a mudanças na regulamentação do ensino a distância (EAD), anunciadas em maio.
De acordo com a portaria divulgada hoje pelo MEC, as avaliações presenciais passam a ser consideradas no cálculo da carga horária presencial do curso. Para isso, há um limite de até 5% da carga total do curso.
Anteriormente, as provas não eram consideradas uma atividade presencial.
O texto também afirma que a Instituição de Educação Superior (IES) deverá prever as atividades formativas que serão ofertadas de forma obrigatoriamente presencial no projeto pedagógico do curso.
Na avaliação dos analistas, as mudanças nas regras são positivas para as companhias educacionais.
“A nova regra que autoriza que avaliações presenciais sejam incluídas no cálculo da carga horária presencial dos cursos pode proporcionar maior flexibilidade para que as instituições atendam aos novos requisitos de atividades presenciais nas três modalidades [EAD, semipresencial e presencial]”, afirmaram os analistas do UBS BB liderados Andre Salles, em relatório.
“Vemos as demais mudanças como de impacto limitado para players maiores, mas com possíveis efeitos positivos na dinâmica competitiva, por tornarem as regras mais rígidas para concorrentes menores e menos estruturados”, acrescentaram.
Na mesma linha, o Itaú BBA destaca que “permitir que as provas sejam consideradas uma atividade presencial reduz a necessidade de incorporar outras atividades presenciais, como aulas e sessões práticas, nos programas de ensino a distância e híbridos”.
Na visão do analista Vinicius Figueiredo, a medida deve diminuir os custos operacionais adicionais decorrentes do novo marco regulatório. “Continuaremos a conversar com as empresas para entender melhor o impacto desse desdobramento”, disse.