Collins, do Fed, diz que fragmentação da economia global pode impulsionar inflação
A presidente do Federal Reserve de Boston, Susan Collins, afirmou nesta sexta-feira (21) que um retrocesso em relação a uma economia global integrada poderia complicar o trabalho do banco central e elevar as pressões sobre os preços.
Uma mudança em direção à “fragmentação econômica” poderia “inaugurar um período de transição com pressões inflacionárias”, disse Collins no texto de um discurso a ser proferido em uma conferência organizada pelo Fed.
Além disso, esse tipo de ambiente poderia levar a uma “menor integração financeira”, o que “poderia aumentar os custos de empréstimos domésticos, bem como afetar as condições financeiras de forma mais ampla”, afirmou.
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Em seu discurso, Collins não comentou sobre as perspectivas de política monetária de curto prazo, mas afirmou que “um ambiente global mais volátil e fragmentado pode resultar em ciclos econômicos e inflação mais instáveis”.
Tal cenário “poderia complicar os esforços do Fed para manter a estabilidade de preços e o pleno emprego, especialmente se os choques econômicos nesse novo ambiente tiverem um componente de oferta mais substancial”, disse.
Collins também afirmou que o aumento dos riscos globais e a fragmentação “tendem a deprimir a atividade econômica de curto prazo, ao mesmo tempo que reduzem o crescimento de longo prazo”. Ela acrescentou que essas forças provavelmente serão “importantes, transformadoras e interligadas, que moldarão nosso cenário econômico nos próximos anos”.