Internacional

Colômbia: manifestantes prometem continuar protestos já na 4ª semana

19 maio 2021, 17:58 - atualizado em 19 maio 2021, 17:58
Colômbia
No início desta semana, o presidente colombiano, Iván Duque, ordenou a remoção dos bloqueios de vias de todo o país, que causam falta de alimento e gasolina (Imagem: REUTERS/Luisa Gonzalez)

A onda de protestos antigoverno da Colômbia entrou na quarta semana nesta quarta-feira, quando sindicatos, grupos estudantis e outros recorreram a passeatas para exigir mudanças sociais em meio a conversas intermitentes entre o governo e organizadores de greves.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os protestos têm sido marcados pela violência tanto da polícia quanto de civis. A Procuradoria-Geral confirma 15 mortes ligadas aos protestos, enquanto um grupo de direitos humanos computa mais de 40.

No início desta semana, o presidente colombiano, Iván Duque, ordenou a remoção dos bloqueios de vias de todo o país, que causam falta de alimento e gasolina.

As manifestações, convocadas inicialmente no final de abril contra um plano tributário já descartado, passaram a incluir exigências como uma renda básica, o fim da violência policial e oportunidades para os jovens.

Uma reforma de saúde também rejeitada por muitos manifestantes, que a criticaram por considerá-la vaga demais para provocar mudanças reais no frágil sistema de saúde da Colômbia, foi descartada por um comitê congressual conjunto também nesta quarta-feira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Centenas de pessoas se reuniram na Praça Bolívar de Bogotá na hora do almoço.

Um comitê nacional de greve formado por grandes sindicatos, grupos estudantis e outros teve várias conversas com representantes do governo a respeito das exigências (iMAGEM: REUTERS/Luisa Gonzalez)

“A Colômbia perdeu o medo, e continuaremos até haver mudanças reais, porque se não continuaremos sofrendo”, disse Luis Carlos Garcia, professor de 35 anos que carregava o filho pequeno.

Ati Quigua, líder indígena arhuaca de 40 anos, afirmou estar protestando contra o assassinato de ativistas de direitos humanos com 50 membros de sua comunidade e disse que estão em uma “greve por tempo indeterminado”.

Um comitê nacional de greve formado por grandes sindicatos, grupos estudantis e outros teve várias conversas com representantes do governo a respeito das exigências dos manifestantes, mas os dois lados ainda não estão realizando negociações formais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Organizadores prometeram que, neste meio-tempo, os protestos continuarão.

A contração econômica resultante da pandemia de coronavírus anula avanços recentes contra a pobreza na Colômbia, fazendo o desemprego disparar, fechando negócios e obrigando o governo a aumentar o fardo de sua dívida.

Manifestações e bloqueios custam ao país cerca de 132 milhões de dólares por dia, disse o Ministério das Finanças, e analistas preveem que os protestos podem desacelerar a recuperação colombiana após uma contração econômica recorde de 6,8% no ano passado.

Compartilhar

A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.