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Com alta de 12,6% no lucro, Itaú tem ganhos de 2% nesta terça

11 fev 2020, 14:04 - atualizado em 11 fev 2020, 14:07
Itaú ITUB4
O retorno sobre o patrimônio do banco, uma medida de rentabilidade, chegou a 23,7%, acima da expectativa dos analistas de 22,4% (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

As ações do Itaú Unibanco (ITUB4) operam com importante valorização depois de reportar alta de 12,6% no lucro do quarto trimestre, principalmente por conta do crescimento do crédito ao consumidor, das comissões do banco de investimento e das taxas de administração de fundos.

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Com isso, por volta das 14h03, os papéis avançavam 2,39 a R$ 35,10 2,13%. Na abertura, os papéis do maior banco em ativos do Brasil chegaram a subir 3,03%. A máxima do dia foi de R$ 35,39, enquanto a mínima foi de R$ 35,64..

O banco informou que teve lucro líquido recorrente, que exclui itens únicos, de R$ 7,296 bilhões no quarto trimestre, em linha com a estimativa de consenso dos analistas compilado pela Refinitiv, de R$ 7,242 bilhões.

Ainda assim, o retorno sobre o patrimônio do banco, uma medida de rentabilidade, chegou a 23,7%, acima da expectativa dos analistas de 22,4%. Apesar do lucro crescente, o Itaú reduziu o percentual de lucro distribuído aos acionistas, para 66,2%, de 87,2%, somando 18,8 bilhões de reais.

Para a XP Investimentos, os números vieram em linha com as estimativas, implicando em um Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) de 23% e um crescimento de 13% A/A e 2% T/T. A administração também divulgou as projeções para 2020, que acredita estarem alinhadas às expectativas do mercado. Os analistas reiteraram a recomendação neutra e preço-alvo de R$ 40,00 para o fim de 2020, pois acreditam que os múltiplos do banco não são atraentes.

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As provisões para perdas com operações de crédito aumentaram 70,1% em relação ao ano anterior, para 5,811 bilhões de reais (Imagem: Gustavo Kahil/ Money Times)

O BTG Pactual (BPAC11) destaca que, embora o ambiente seja definitivamente muito desafiador para os bancos, com taxas de juros SELIC muito mais baixas, pressão regulatória e aumento da concorrência das fintechs, na margem se mantém um pouco mais positivos. Dado o desempenho inferior, a avaliação parece pouco exigente, os analistas gostam de ver taxas versus OPEX na dinâmica Itaú e NII vs. NPL no Bradesco (BBDC4), e uma recente visita ao Banco Central deixou eles mais confiantes de que novos limites máximos (troca rotativa e de cartão de crédito) estão fora do alcance. A recomendação segue de compra.

Embora o crescimento da carteira de empréstimos tenha acelerado no trimestre para 2,6%, impulsionado por crédito ao consumidor, o banco registrou maiores perdas em empréstimos corporativos, principalmente em suas unidades no Chile e na Colômbia.

As provisões para perdas com operações de crédito aumentaram 70,1% em relação ao ano anterior, para 5,811 bilhões de reais.

O Itaú Unibanco também aproveitou para reforçar as provisões após registrar ganhos extraordinários com o aumento da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), seguindo movimentos semelhantes dos rivais Bradesco e Santander Brasil (SANB11).

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A receita de tarifas e os ganhos com seguros aumentaram 11,9% em relação ao ano anterior. As taxas de administração de fundos e as comissões do banco de investimento compensaram uma concorrência mais acirrada nos negócios de pagamentos de empresas novatas no mercado, como PagSeguro e StoneCo.

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investing@moneytimes.com.br