Com aprovação de fusão com Boeing pelo Cade, Embraer sobe quase 2%

No começo da tarde desta terça-feira na bolsa paulista, as ações da Embraer (EMBR3) operam com valorização. Na noite de ontem, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a venda do controle da divisão de aviação comercial da fabricante para a norte-americana Boeing (BA), segundo decisão assinada pelo superintendente-geral da autarquia, Alexandre Cordeiro Macedo.

Por volta das 14h30, os ativos da Embraer avançavam 1,60% a R$ 18,43.

“Não há… indícios para afirmar que a operação comercial foi estruturada com o intuito de inviabilizar uma eventual concorrência futura da Embraer nos mercados de aeronaves comerciais com capacidade maior que 150 assentos ou que a operação possa ter esse efeito”, afirma parecer do Cade usado por Macedo para aprovar o negócio anunciado em 2018 e contestado por acionistas minoritários da companhia brasileira.

O negócio foi anunciado na forma de uma joint venture em que a Boeing terá 80% da principal geradora de caixa da Embraer e a companhia brasileira ficará com o restante. O preço do negócio é de 4,2 bilhões de dólares e inclui uma parceria na comercialização do cargueiro KC-390, desenvolvido pela Embraer.

O governo de Jair Bolsonaro já havia dado aval para o negócio no início do ano passado. A operação ainda precisa de aprovação da União Europeia, que no início do mês prorrogou prazo para uma decisão para 30 de abril.

Após a aprovação, se não houver um pedido de conselheiro do Cade para que a operação seja levada ao tribunal da autarquia em 15 dias, e a decisão de se fazer essa reanálise for aprovada por maioria dos conselheiros, a transação será aprovada em definitivo, informou a autarquia.