Com aposta em tijolo, veja os fundos imobiliários favoritos da XP para 2024

Às vésperas do fim de 2023, bancos e casas de análises antecipam cenários e adiantam suas apostas de investimentos para o ano que vem. Diante disso, a XP já escalou os fundos imobiliários e segmentos que devem ser destaques em 2024.

Diante da perspectiva de continuidade de queda da taxa básica de juros (Selic), a head de análise de fundos listados da XP, Maria Fernanda Violatti, vê os FIIs um contexto favorável.

Segundo ela, o segmento de tijolo tende a se beneficiar de uma maior demanda por ativos imobiliários, uma vez que, com juros mais baixos, a compra de imóveis se torna mais viável financeiramente.

“Essa perspectiva positiva contribui para um aumento no valor das cotas dos fundos, à medida que o mercado enxerga maior potencial de retorno”, comenta Violatti.

Veja a análise da XP por segmentos:

• Fundos imobiliários de shoppings

A profissional da XP destaca que a visão mais construtiva entre os segmentos é para shoppings. Isso porque deverá manter o crescimento de receitas em ritmo comparado ao registrado em 2023.

“Entendemos que FIIs com portfólios compostos por shoppings dominantes apresentem melhoria em seus indicadores de vendas”, diz.

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Com isso, segundo Violatti, é esperado aumento nos proventos pagos nos próximos meses, possivelmente levando a um dividend yield (retorno com dividendos) acima da média dos fundos do segmento que compõem o índice de fundos imobiliários (Ifix).

• FIIs de logística

Sobre o segmento, a head da casa de análises acredita que os galpões logísticos devem manter a taxa de vacância em níveis baixos, como está atualmente.

Além disso, os fundos devem manter os níveis de dividendos pagos, com ganhos graduais seguindo o reajuste dos aluguéis com o repasse da inflação. Violatti ainda vê uma maior resiliência de ativos localizados em rodovias próximas à grande São Paulo e aos maiores centros consumidores.

Contudo, no médio prazo, ela acredita que os segmento de logística exibirá um moderado, em linha com a evolução do seu principal driver: o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Sobre as varejistas, inquilinas relevantes de galpões, a profissional da XP avalia que a crise exibida no começo do ano, com Americanas (AMER3) e a inadimplência de outras empresas, foi pontual e está controlada, não caracterizando um risco sistêmico.

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• Fundos de recebíveis (papel)

Outro segmento que a XP vê com bons olhos para 2024 é o de papel (ou recebíveis). Segundo Violatti, a classe se mantém num cenário favorável, já que vários FIIs estão com descontos e têm seus portfólios indexados ao índice de inflação (IPCA).

“Até mesmo entre fundos com portfólios indexados ao CDI enxergamos oportunidades com rentabilidade atrativa”, comenta, acrescentando que é interessante ter equilíbrio na alocação desses indexadores.

No entanto, a head da XP ressalta que é importante levar em conta o risco de crédito dos ativos do setor imobiliário que integram a carteira de cada fundo, um driver relevante no desempenho dos fundos de cada segmento. Ela acrescenta que, para 2024, a XP tem preferência por FIIs high grade.

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