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Com China forte em março, boi pode ir aos R$ 315; comedida, preço se arrasta até a oferta de abril

24 fev 2021, 16:02 - atualizado em 24 fev 2021, 16:02

 

Boi como o fato está demorando mais para ficar pronto e limita o poder de pressão dos frigoríficos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Os frigoríficos de bovinos devem entrar março torcendo a favor e contra a China ao mesmo tempo. Com o país na ponta compradora retomando a força rotineira, ganharão mais, mas pagarão mais ainda pelo animal.

No próximo mês os importadores chineses é que definirão se o boi gordo padrão preferido mantém a estabilidade de várias semanas – de R$ 300, com picos de R$ 305/@ -, coisa incomum há muito tempo no setor.

Em janeiro as vendas externas caíram 6%, quando a China e Hong Kong optaram por adquirir 79,8 mil toneladas, contra 101 mil e 123 mil, respectivamente dezembro e novembro. Este mês até que houve uma recuperação dos embarques totais, apesar do prolongado feriadão chinês (Ano Novo Lunar) e o de Carnaval aqui.

Haveria força suficiente para o boi China escalar os R$ 315 até final de março caso a recuperação do principal cliente brasileiro, nos níveis recordes de 2020, se consolide, ante um mês de oferta ainda restrita, calcula Yago Travagini, analista de mercado da Agrifatto.

Na toada de agora, sem esse efeito potencial, o terceiro mês do ano poderia ficar como está em termos de preços. O varejo e o atacado não dão sustentação para o boi gordo vazar muito dos R$ 300, mas os processadores de carne não têm sucesso em pressionar, como vem ocorrendo concorda Travagini.

Para as necessidades médias dos fracos negócios atuais no ambiente doméstico, a falta de matéria-prima está no limite.

A favor dos frigoríficos, contando com cenário quase improvável de participação chinesa acomodada no próximo mês, estaria a chegada de um volume maior de bois de pasto a partir de abril.

A oferta mais elástica pressionaria os pecuaristas

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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