Economia

Com cortes modestos, banco central da China reduz taxas de juros na tentativa de estimular consumo

20 maio 2025, 4:37 - atualizado em 20 maio 2025, 5:19
PIB, Internacional, Economia, Brasil, EUA, China
China reduz juros a mínimos históricos para aquecer a economia (Imagem: REUTERS/Kim Kyung-Hoon/File Photo)

O Banco Popular da China (PBOC) anunciou nesta terça-feira a redução da taxa básica de juros (Loan Prime Rate, LPR) para um ano – uma referência determinada pelos bancos — em 10 pontos-base, para 3%, enquanto a LPR para cinco anos foi cortada na mesma proporção, para 3,5%.

Os cortes pelo banco central da China já eram esperados e buscam estimular o consumo e o crescimento dos empréstimos, à medida que a segunda maior economia do mundo desacelera, ao mesmo tempo em que buscam proteger as margens de lucro cada vez menores dos bancos comerciais.

A maioria dos empréstimos novos e em andamento na China é baseada na LPR de um ano, enquanto a taxa de cinco anos influencia os preços das hipotecas. Ambas as taxas estão agora no menor nível desde que a China reformulou o mecanismo da LPR em 2019.

O corte na taxa de empréstimos foi anunciado pouco depois de cinco dos maiores bancos estatais da China informarem que reduziram suas taxas de juros sobre depósitos, o que também deve orientar os bancos menores a realizarem cortes semelhantes.

Guerra comercial

A redução dos juros anunciada é a primeira desde outubro do ano passado e faz de um pacote de medidas anunciadas pelo presidente do PBOC, Pan Gongsheng, e outros reguladores financeiros após as negociações entre China e EUA em Genebra no início deste mês, que levaram a uma redução nas tensões da guerra comercial.

Os grandes bancos de investimento globais estão elevando suas previsões para o crescimento econômico da China este ano, após Pequim e Washington concordarem em uma pausa de 90 dias nas tarifas, apesar da incerteza nas negociações comerciais entre os dois países.

Os dados econômicos recentes mostram que o crescimento continua irregular e fraco.

Os preços dos imóveis novos na China ficaram inalterados em abril em relação ao mês anterior, prolongando a tendência de estagnação por quase dois anos, apesar dos esforços do governo para estabilizar o setor. Enquanto isso, os novos empréstimos bancários também caíram mais do que o esperado no mês passado.

Com agência Reuters

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fernando.antunes.ext@moneytimes.com.br
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