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Com crise, ação do Fleury é só uma aposta de longo prazo

27 abr 2020, 16:28 - atualizado em 27 abr 2020, 16:28
Fleury
O UBS não indica mais a compra das ações do Fleury e cortou o preço-alvo de R$ 27 para R$ 25 (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

Com as incertezas relacionadas ao coronavírus e a crise econômica, as ações do Fleury (FLRY3) perderam a sua atratividade imediata e agora são só uma aposta de longo prazo, avalia o UBS em relatório enviado ao mercado.

Segundo os analistas Vinicius Ribeiro e Gustavo Oliveira, dado o impacto do distanciamento social na demanda da empresa, eles avaliam que o segmento de laboratórios é a parte mais fraca do setor de saúde.

Ribeiro e Oliveira estimam o impacto de R$ 365 milhões na receita líquida de 2020. “Com uma atividade econômica mais fraca, esperamos que as seguradoras de saúde elevem suas restrições ao acesso dos clientes aos laboratórios premium”.

Longo prazo

O UBS não indica mais a compra das ações do Fleury e cortou o preço-alvo de R$ 27 para R$ 25. “Mesmo assim, mantivemos uma recomendação neutra, por conta da qualidade da empresa e as iniciativas estratégicas de longo prazo, que equilibram os riscos negativos”, opinam.

Este benefício da dúvida foi dado ao Fleury pela proposta de valor premium e a qualidade amplamente reconhecida, que leva a fortes margens e retornos.

“Em nossa opinião, manter esse nível de rentabilidade é um desafio significativo, pois o segmento premium é mais maduro do que outras marcas”, avaliou o banco.

Os analistas citam as iniciativas estratégicas, como a plataforma online de assistência médica e a telemedicina, que são estratégias para defender volumes e retornos no longo prazo.

Jornalista | Analista de Marketing
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