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Com direito à reaparição de Bolsonaro nas redes, queda da gasolina terá limitação sobre etanol

07 dez 2022, 14:54 - atualizado em 07 dez 2022, 14:58
Etanol-açúcar
Chuvas atrapalham safra e pode segurar preço do etanol (Imagem: Paulo Fridman/ Bloomberg)

O presidente Jair Bolsonaro reapareceu nas redes sociais para comemorar a queda de R$ 0,20 no litro da gasolina e de R$ 0,40 no diesel, em movimento da Petrobras (PETR4) que não chamou diretamente de ‘seu’ na mensagem, mas não lembrará aos consumidores de etanol que a volta do PIS/Cofins sobre os combustíveis é obra sua.

Ele deixará a presidência e os impostos federais voltam a partir de 2 janeiro, depois de zerados por Medida Provisória do Executivo em junho, com potencial para voltar a tirar competitividade da gasolina.

Com isso em vista, a redução do preço do combustível fóssil nas refinarias da Petrobras, a partir desta quarta (7), exercerá poder limitador nas baixas esperadas do etanol hidratado.

As usinas deverão moderar os preços às distribuidoras, isso se houver, por parte delas, a necessidade de buscar maior competividade frente à gasolina.

Paulo Strini, do grupo comercializador Triex, acredita nesta tendência de cautela, depois que os preços nas indústrias já haviam cedido bem na semana passada, 1,20% (R$ 2,77,57), seguindo duas semanas anteriores também em redução, em levantamento do Cepea.

Martinho Ono, da SCA Trading vai na mesma linha, se dizendo surpreso com a redução da estatal já que o petróleo segue em muita volatilidade, cenário no qual a companhia sempre se disse avessa a conduzir reajustes em qualquer direção.

Ele ainda a possibilidade de limitação nas indústrias de etanol às chuvas, na medida em que já há um atraso e várias usinas continuam operando quando o normal é praticamente fim das operações nesta época do ano.

A safra seguinte também fica no radar do clima durante a entressafra e combinará com a subida ao cargo do presidente Lula e a expectativa se ele vai reeditar a MP dos tributos federais ou manter a decisão do presidente que sai.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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