Renda Fixa

Com juros altos e incerteza global, renda fixa exige diversificação, apontam especialistas

26 jul 2025, 16:13 - atualizado em 26 jul 2025, 16:13
Renda Fixa - copom cdi oportunidade
Especialistas defendem diversificação na renda fixa (Imagem: inkdrop)

Em um mundo marcado por incertezas geopolíticas e juros persistentemente altos, a diversificação se tornou ainda mais essencial para quem investe em renda fixa.

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Durante painel na Expert XP 2025, especialistas destacaram os caminhos e os desafios para alocar recursos no atual cenário, que combina volatilidade global, eleições no Brasil e uma corrida às aplicações isentas de imposto.

“A renda fixa tem um mar de oportunidades para aproveitar”, disse Camilla Dolle, head da XP, reforçando que, mesmo com a Selic em patamares elevados, é importante não se concentrar apenas nos ativos mais conservadores.

“Temos diversos ciclos e não podemos esquecer de diversificar a carteira”, alertou.

Segundo ela, o mercado brasileiro está mais maduro, com instrumentos variados, prazos distintos e diferentes níveis de garantia que permitem montar estratégias mais robustas.

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Crescimento do crédito privado

Luiz Eduardo Portella, sócio-fundador da Novus Capital, destacou que o crédito privado ganhou espaço diante do novo ambiente.

De acordo com ele, o mundo vive um momento de realocação de capitais iniciados após o “tarifaço” de Donald Trump em abril, que impulsionou a saída de recursos dos Estados Unidos e favoreceu ativos como ouro e mercados emergentes.

“Estamos no início dessa realocação global”, afirmou, ressaltando o crédito privado como alternativa relevante na carteira dos investidores.

Pressão da taxação

Além disso, Portella chamou a atenção para o aumento da demanda por ativos isentos de imposto de renda, como debêntures incentivadas e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), diante da proposta de tributação de 5% sobre esses produtos a partir de 2026.

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“A palavra da moda é o isento. Está tendo uma corrida por esses investimentos até o fim do ano”, disse.

Em meio a esse cenário, o gestor observou que muitas empresas já estão antecipando emissões, o que pode causar desequilíbrios nos preços do mercado.

“Várias companhias estão aproveitando para emitir novos títulos, criando uma distorção que deve perdurar até o final de 2025”, alertou.

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Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.
igor.grecco@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.