Agronegócio

Com perdas milionárias com greve, frigoríficos também registram perdas expressivas

28 maio 2018, 12:12 - atualizado em 28 maio 2018, 12:12

Por Investing.com – Os frigoríficos fazem parte de mais um setor que está sendo diretamente afetado com a greve dos caminhoneiros, com boa parta das indústrias processadoras de proteína animal sem funcionar, além dos impactos nos produtores de aves, gado e porcos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As ações da Marfrig (SA:MRFG3), por exemplo, caem 4,00% a R$ 7,93, enquanto as da Minerva (SA:BEEF3) caem 3,24% a R$ 7,47. Já para a BRF (SA:BRFS3), as perdas são de 3,05% a R$ 21,61. O resultado é menor nos ativos da JBS (SA:JBSS3), que recuam 1,87% a R$ 9,42.

Números da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) apontam que 167 plantas frigoríficas de aves e suínos estão paradas e 64 milhões de aves adultas e pintinhos já morreram. De acordo com a entidade, o impacto na balança comercial já é estimado em US$ 350 milhões

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse nesta segunda-feira que a “greve reivindicatória” dos caminhoneiros foi resolvida no domingo graças às medidas anunciadas pelo presidente Michel Temer para atender demandas da categoria. Em entrevista à rádio CBN, o ministro afirmou que as lideranças do setor sinalizaram em unanimidade o fim do movimento, que entra no seu oitavo dia nesta segunda-feira.

Veja o que foi negociado entre governo e caminhoneiros:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

– Redução do preço diesel em R$ 0,46 nas bombas pelo prazo de 60 dias. Depois desse período, o preço do diesel será ajustado mensalmente

– Preço do diesel será reduzido em 10% nas refinarias e ficará fixo por 30 dias. Nesse período, o valor referência será de R$ 2,10 nas refinarias. Os custos da primeira quinzena com a redução, estimados em R$ 350 milhões, serão arcados pela Petrobras (SA:PETR4). As despesas dos 15 dias restantes ficarão com a União como compensação à petrolífera. A cada 30 dias, o valor será reajustado conforme a política de preços da Petrobras e fixado por mais um mês.

– Isenção da cobrança de pedágio dos caminhões que trafegarem com eixo suspenso. A medida vale para todas as rodovias (federais, estaduais e municipais)

– A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai contratar caminhoneiros autônomos para atender até 30% da demanda de frete. O governo editará uma medida provisória no prazo de 15 dias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

– Não haverá reoneração da folha de pagamento do setor de transporte rodoviário de cargas

– Será estabelecido frete mínimo rodoviário. Tabela de frete será reeditada em 1º de junho e, a partir daí, ajustada a cada três meses pela ANTT

– Alíquota da Cide será zerada em 2018 sobre o diesel

– Isenção do pedágio para caminhões que circulam vazios (eixo suspenso)

– Ações judiciais contrárias ao movimento serão extintas

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

– Multas aplicadas aos caminhoneiros em decorrência da paralisação serão negociadas com órgãos de trânsito

– Entidades e governo terão reuniões periódicas a cada 15 dias

– Petrobras irá incentivar que empresas contratadas para transporte dêem oportunidade aos caminhoneiros autônomos, como terceirizados, nas operações de transporte de cargo

– Solicitar à Petrobras que seja observada resolução da ANTT 420, de 2004, sobre renovação da frota nas contratações de transporte rodoviário de carga.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com Agência Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

investing@moneytimes.com.br