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Com produção industrial em queda, quais ações podem ficar mais vulneráveis?

06 jan 2022, 14:55 - atualizado em 06 jan 2022, 14:55
Weg
Fique atento: ações ligadas à indústria podem ter curto prazo conturbado pela frente, segundo especialista (Imagem: Weg/Divulgação)

A produção industrial do Brasil recuou 0,2% em novembro do ano passado, segundo o IBGE. Economistas ouvidos pelo Money Times esperam que o saldo em dezembro também fique no vermelho. E nesse cenário, há ações listadas na B3 (B3SA3) que podem sofrer mais.

“Parte do problema que a indústria brasileira enfrenta é importado”, enfatiza o Gustavo Cruz, economista e estrategista da RB Investimentos.

Empresas como Localiza (RENT3), Marcopolo (POMO4), Movida (MOVI3) e WEG (WEGE3) devem ficar mais vulneráveis no curto prazo, de acordo com o especialista.

Dúvidas quanto a retomadas das economias, em especial a China, seguem provocando desabastecimentos nas cadeias mundiais de produção, com destaque para o segmento de semicondutores.

Cruz explica que não está clara ainda a política de tolerância zero da China à covid-19, que tem maior facilidade em impor o fechamento de cidades. Outro fator que pesou no resultado foi a demanda fraca no Brasil, apesar da ampla cobertura vacinal.

Na análise da Rio Bravo, a alta do juro e a desaceleração da demanda fez com que a melhora marginal no gargalo da cadeia de suprimentos não fosse suficiente para que o setor apresentasse melhora. A gestora de recursos espera que o quarto trimestre da indústria seja negativo.

IGP-DI, inflação e juros

A combinação de inflação e juros altos no Brasil também contribui para o desempenho amargo da indústria, já que a expectativa do mercado era de crescimento de 0,1% em novembro sobre o mês anterior.

“A escalada dos juros que vem ocorrendo no Brasil para conter a inflação em dois dígitos acarreta na elevação de custos de produção. O Copom está pressionado a ter uma postura contundente na próxima reunião e deve manter o ritmo de alta em 150 pontos base”, afirma Samuel Cunha, economista e sócio da H3 Invest.

A inflação observada no Brasil não é temporária, explica Cunha, e necessita de medidas enérgicas pelo Banco Central para que se encerre o ano próximo da meta. Contudo, sinais de melhora já começam a ser verificados.

O IGP-DI, que passou a subir 1,25% em dezembro e fechou 2021 em 17,74%, veio abaixo do esperado. Para o economista da H3 Invest, o desempenho já é o resultado do movimento de elevação de juros.

A projeção da RB Investimentos é a de que o ciclo de alta da taxa Selic seja encerrado no patamar de 12% ao ano.

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Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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