Petróleo

Com reviravolta e retaliação do Irã, preço do petróleo fecha em queda de mais de 7%

23 jun 2025, 16:16 - atualizado em 23 jun 2025, 16:16
ANP, Petróleo, Mercados
O preço do petróleo fechou o dia com uma queda acentuada de mais de 7% nesta segunda-feira (23) após o Irã retaliar o ataque dos Estados Unidos. (Imagem: REUTERS/Stringer/Archivo)

O preço do petróleo fechou o dia com uma queda acentuada de mais de 7% nesta segunda-feira (23) após o Irã retaliar o ataque dos Estados Unidos. No início do manhã, a commodity subia com o temor do fechamento do Estreito de Ormuz.

Por volta das 16h (horário de Brasília), os contratos mais líquidos do Brent, referência internacional de preços, recuavam 6,67%, a US$ 70,52 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.

Já o contrato do WTI, referência no mercado dos EUA, para agosto caiam 7,41%, a US$ 68,37 o barril na New York Mercantil Exchange (Nymex), nos EUA.

O recuo da commodity aconteceu após o Irã disparar mísseis contra a base aérea norte-americana de Al Udeid, no Catar, na tarde desta segunda, em resposta ao ataque dos Estados Unidos no noite de sábado (21).

De acordo com agências de notícias, os espaços aéreos do Catar e dos Emirados Árabes Unidos foram fechados, e explosões foram ouvidas em Doha, capital catariana. Fontes do governo de Israel alertaram previamente que o Irã preparava uma operação de contra-ataque, batizada de “Anunciação da Vitória”.

As autoridades do Catar afirmaram que não há registro de mortos até o momento. O país condenou o ataque iraniano e declarou que se reserva o direito de reagir. Por sua vez, o Irã afirmou que a base atacada ficava distante de áreas urbanas e residenciais, e que a operação não representa uma ameaça direta ao território catariano.

Vale lembrar que 0 Parlamento do Irã aprovou no domingo (22) o fechamento do Estreito de Ormuz por onde passa cerca de 30% de toda produção global do produto segundo veículos de imprensa locais.

A medida ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e pelo líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, para entrar em vigor, mas especialistas acreditam que a resposta balística tenha afastado a possibilidade, o que fez os mercados reagirem em queda.

Para Rafael Passos, da Ajax Asset, outro ponto que também é importante destacar é que ataque do Irã nas bases americanas foi “coordenado” com o Catar, além de o Irã ter usado o mesmo número de mísseis (11) que os EUA utilizaram para atacar as instalações nucleares.

“O ataque foi muito mais simbólico, sem prejuízos aos mercados. Não acho que a situação se escale, até porque Trump tem zero interesse em ver esse petróleo subindo”, avaliou Passos.

Israel lançou sua guerra aérea, a maior já realizada contra o Irã, no dia 13 de junho, depois de dizer que concluiu que o Irã estava prestes a desenvolver uma arma nuclear.

O Irã nega a busca por armas nucleares e apontou seu direito à tecnologia nuclear para fins pacíficos, incluindo o enriquecimento, como parte do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.

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