Mercados

Com Trump e Xi em sintonia, Ibovespa supera os 108 mil pontos

22 nov 2019, 12:23 - atualizado em 22 nov 2019, 13:04
Mercado se anima por eventual acordo comercial entre EUA e China ainda em 2019 (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O Ibovespa avançava e superava os 108 mil pontos nesta sexta-feira, apoiado em sinalizações mais favoráveis sobre as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, com as ações da Vale (VALE3) entre as maiores altas.

Às 12:57, o Ibovespa subia 0,56%, a 108.096 pontos.

O presidente norte-americano, Donald Trump, disse nesta sexta-feira em uma entrevista à Fox News que um acordo comercial com a China está “potencialmente muito próximo”, e que ele está do lado tanto do povo de Hong Kong quanto do presidente Xi Jinping.

Em Pequim, mais cedo, o presidente Xi Jinping disse que a China quer desenvolver um pacto comercial inicial com os EUA e vem tentando evitar uma guerra comercial, embora não tenha medo de retaliar quando necessário.

Os índices nos EUA operam perto da estabilidade (Imagem; REUTERS/Brendan McDermid)

Em Wall Street, os pregões abriram em alta com os comentários de Trump e da China trazendo esperanças sobre um acordo comercial. Os principais índices dos EUA operam perto da estabilidade.

De acordo com o chefe de renda variável da Eleven Financial Research, Carlos Daltozo, a bolsa brasileira já vinha dando continuidade ao movimento positivo da véspera, mas o fôlego ganhou força com a abertura das bolsas em Nova York.

Ele destacou os comentários de Trump, de que um acordo com a China está muito perto, como componentes que ajudaram o Ibovespa a renovar máximas da sessão.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
As ações da Vale sobem com os preços mais altos do minério de ferro (Imagem: Facebook/Vale)

Destaques

Vale (VALE3) subia 1,33%, em movimento alinhado ao setor de mineração e siderurgia na Europa, tendo de pano de fundo a alta do preço do minério de ferro na China. O IFR, serviço da Refinitiv, também noticiou que a mineradora poderá refinanciar dívidas a custos muito baixos.

Klabin (KLBN11) avançava 0,68%, em sessão marcada por encontro da empresa com analistas e investidores em São Paulo. O material de apresentação do Klabin Day disponível na CVM trouxe dados como previsão de investimentos para 2020 e andamento do projeto Puma II.

Braskem (BRKM5) subia 2,14%, experimentando uma trégua após quatro quedas seguidas, período em que acumulou declínio de 9,5%. A petroquímica anunciou indicação do atual presidente do conselho de administração, Roberto Simões, como novo diretor presidente a partir de 1º de janeiro de 2020, no lugar de Fernando Musa.

Petrobras (PETR4) (PETR3) subiam menos de 1%, apesar da fraqueza dos preços do petróleo no mercado externo. A petrolífera começou a fase vinculante para a venda de quatro das oito refinarias e logísticas associadas ofertadas ao mercado.

Cogna (COGN3) avançava 0,6%, após confirmar que considera eventual oferta de ações nos EUA de sua subsidiária que concentrará determinadas operações de soluções de ensino em educação básica. A empresa já contratou assessores financeiros. A rival Yduqs (YDUQ3) recuava 1,45%.

As ações da Marfrig engatam o segundo dia de desvalorização (Imagem: Divulgação/Marfrig)

JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3) cediam 1,33% e 0,46%, respectivamente, em sessão negativa para o setor de proteínas, dando continuidade aos ajustes negativos da véspera. No ano, contudo, JBS acumula valorização de cerca de 120% e Marfrig sobe quase 100%.

Banco do Brasil (BBAS3) avançava 0,78%, melhor desempenho entre os bancos do Ibovespa, com Itaú (ITUB4) em alta de 0,45% e Bradesco (BBDC4) subindo 0,45%. Santander (SANB11) ganhava 0,7%, mas BTG Pactual (BPAC11), que renovou recorde intradia, cedia 0,7%.

reuters@moneytimes.com.br
Leia mais sobre: