Internacional

Comandante russo admite que situação é “tensa” para suas forças na Ucrânia

18 out 2022, 19:48 - atualizado em 18 out 2022, 19:48
Ucrânia
Tanto a Ucrânia quanto a Rússia negam atacar civis, embora Kiev tenha acusado as forças de Moscou de crimes de guerra (Imagem: REUTERS/Valentyn Ogirenko)

O novo comandante das forças russas na Ucrânia fez um raro reconhecimento das pressões sofridas pelas ofensivas ucranianas para retomar áreas do sul e do leste que Moscou afirma ter anexado há apenas algumas semanas.

E em outro sinal de preocupação da Rússia com a situação no campo de batalha, oito meses após a invasão, o chefe da região estratégica de Kherson, no sul, instalado pelo Kremlin, anunciou nesta terça-feira um “deslocamento organizado e gradual” de civis de quatro cidades no rio Dnipro.

As forças russas em Kherson foram repelidas em 20-30 km nas últimas semanas e correm o risco de ficarem travadas contra a margem ocidental do rio Dnipro que corta a Ucrânia.

“A situação na área da ‘operação militar especial’ pode ser descrita como tensa”, disse Sergei Surovikin, general da força aérea russa nomeado este mês para assumir o comando, ao canal de notícias estatal Rossiya 24.

Sobre Kherson, Surovikin declarou: “A situação nesta área é difícil. O inimigo está atacando deliberadamente a infraestrutura e os edifícios residenciais em Kherson”.

Tanto a Ucrânia quanto a Rússia negam atacar civis, embora Kiev tenha acusado as forças de Moscou de crimes de guerra.

O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o que chama de “operação militar especial” em 24 de fevereiro porque disse que queria garantir a segurança russa e proteger os falantes de russo na Ucrânia.

A Ucrânia e seus aliados acusam Moscou de uma guerra não provocada para tomar território.

As posições das tropas russas em Kupiansk e Lyman, no leste da Ucrânia, e na área entre Mykolaiv e Kryvyi Rih, na província de Kherson, foram citadas por Surovikin como sob ataque contínuo.

Ele pareceu admitir que há o perigo de as forças ucranianas avançarem em direção à cidade de Kherson, que fica perto da foz do Dnipro na margem oeste, e é difícil para a Rússia reabastecer a partir do leste porque a ponte principal sobre o Dnipro foi seriamente danificada por bombardeio ucraniano.

A Rússia capturou a cidade em grande parte sem oposição nos primeiros dias da invasão, e continua sendo a única grande cidade ucraniana que as forças de Moscou tomaram intacta.

Kherson é uma das quatro províncias ucranianas parcialmente ocupadas que a Rússia afirma ter anexado, e sem dúvida a mais estrategicamente importante.

Controla a única rota terrestre para a península da Crimeia que a Rússia apreendeu em 2014 e a foz do Dnipro.

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