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Combinação de negócios pode destravar muito valor para Omega; veja o que mais dizem os analistas

27 set 2021, 11:23 - atualizado em 27 set 2021, 11:23
Ômega Geração
A Omega Desenvolvimento possui um portfólio de projetos com 6.382 MW em fase de desenvolvimento ativo e um plano de implantação em curso que demandará cerca de R$ 1,1 bilhão de capital próprio, a ser suportado pela Omega Energia (Imagem: Ômega Geração/Divulgação)

O anúncio sobre uma potencial fusão dos negócios de geração e desenvolvimento da Omega Geração (OMGE3) não passou batido pelo mercado, que, no geral, recebeu bem a notícia.

A XP Investimentos reiterou a compra da ação da companhia, bem como o preço-alvo de R$ 50 (o valor não incorpora a proposta de combinação de negócios). Na avaliação da corretora, a transação é positiva sob diversos aspectos.

“Vemos a transação como positiva, uma vez que (i) incorpora a Omega Desenvolvimento a um valuation atraente de R$ 2,6 bilhões; (ii) destrava valor por meio de potenciais sinergias de R$ 1 bilhão; e (iii) precifica as ações da Omega Geração 18% acima do preço de mercado, resultando em um ganho para os atuais acionistas de R$ 2 bilhões, ou 30% do valor de mercado atual”, disse.

A proposta envolve a combinação dos negócios de geração com projetos em fase de desenvolvimento pela Omega Desenvolvimento. Será criada uma nova holding, a Omega Energia, que terá registro como companhia aberta categoria “A” e listagem no Novo Mercado, nível mais alto de governança corporativa da B3 (B3SA3). A nova empresa será exclusiva dos atuais controladores da Omega Geração.

A combinação de negócios contempla a contribuição de 100% das ações da Omega Desenvolvimento para a Omega Energia, bem como a totalidade das ações da companhia de titularidade dos acionistas controladores. A Omega Energia incorporará a totalidade das ações da Omega Geração.

A incorporação de ações proposta prevê uma relação de substituição de 1,489821827147 novas ações da Omega Energia para cada uma ação da Omega Geração.

A relação de substituição foi calculada considerando: (i) o preço por ação da Omega Geração de R$ 40, equivalente a 18% de prêmio sobre o preço de fechamento das ações da companhia na sexta-feira (24), como destacado pela XP; (ii) fluxo de caixa descontado de apenas uma fração de 33,5% do portfólio em desenvolvimento da Omega Desenvolvimento; e (iii) prêmio consistente na utilização de taxa de desconto maior que a praticada nas transações em ações historicamente realizadas pela companhia.

A Omega Desenvolvimento possui um portfólio de projetos com 6.382 MW em fase de desenvolvimento ativo e um plano de implantação em curso que demandará cerca de R$ 1,1 bilhão de capital próprio, a ser suportado pela Omega Energia.

Ômega Geração
Se aprovada a fusão, a Omega Geração passa a tomar o risco do desenvolvimento de novos projetos, lembrou a Genial Investimentos (Imagem: Reprodução/Ômega Geração)

De acordo com o Credit Suisse, a iniciativa de adicionar a opção “greenfield” (projetos novos) para os minoritários é boa, pois aumenta o potencial de valorização de novos projetos no futuro e elimina conflitos, além de abrir caminho para possíveis sinergias. O banco estima um VPL (valor presente líquido) entre R$ 2-2,3 bilhões.

Além da combinação de negócios, o conselho da Omega Geração deu sinal verde para estudos de constituição de uma nova sociedade no exterior pela Omega Energia, com potencial listagem na NYSE ou na Nasdaq e possibilidade de migração da base acionária da nova holding para essa sociedade.

Para a Genial Investimentos, apesar do potencial do novo negócio e dos termos atrativos da proposta, é preciso levar em consideração que, se aprovada a fusão, a Omega Geração passa a tomar o risco do desenvolvimento de novos projetos.

“Nada para se preocupar no curto prazo, mas vale a pena ficar de olho com o passar do tempo”, afirmou a corretora.

O Credit Suisse reforçou a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 45,30.

A Genial colocou a tese de investimento da companhia sob revisão.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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