Serviços

Comissão identifica contas altas e baixos investimentos em telefonia celular

03 abr 2019, 18:06 - atualizado em 03 abr 2019, 18:06
Senador Mecias de Jesus (segundo à esq.) recebeu especialistas que identificaram restrições para que cidadãos tenham acesso a serviços públicos gratuitos por conta dos altos custos de acesso à internet (Imagem: Roque de Sá/Agência Senado)

O valor das contas, a baixa qualidade e o volume de impostos cobrados nas telecomunicações foram temas de audiência pública da Comissão do Senado do Futuro (CSF) nesta quarta-feira (3). O debate foi pedido pelo senador Mecias de Jesus (PRB-RR), presidente da CSF, que convidou especialistas para debaterem com os senadores as limitações de acesso dos cidadãos a informações públicas que deveriam ser gratuitas e o custo dos pacotes de serviços de dados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Morgan Stanley otimista com Brasil por liquidez elevada e alta do crédito privado

Atualmente, há no Brasil 230 milhões de usuários de telefonia, 88% dos quais usam telefone celular. Paralelamente, o governo federal mantém 2.874 serviços digitais de 180 órgãos públicos federais. A questão que incomodou os senadores é que as operadoras de telefonia cobram do consumidor da telefonia celular através dos pacotes de uso de dados, criando para os cidadãos uma barreira para acesso a esses serviços, que são gratuitos.

Diogo Moyses Rodrigues, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), condenou essa política de cobrança de pacote de dados na telefonia móvel.

— O sistema de cobrança é altamente injusto. E em paralelo, nossos impostos são muito altos. Entre 166 países pesquisados, os preços e condições brasileiras são muito mais caras do que em vários outros.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O senador Styvenson Valentim (Pode-RN) destacou que os aparelhos celulares fazem atualizações de aplicativos e sistemas mesmo quando não estão sendo usados, o que consome dados do pacote de seu dono.

— Mesmo quando não está usando o celular, o serviço se interrompe e o usuário recebe uma mensagem para comprar mais dados. E sabemos que já são 4 milhões de denúncias e reclamações à Anatel contra essas empresas de telefonia celular. Isso não deveria ser cobrado — argumentou Styvenson.

Diogo Rodrigues lembrou ainda que uma parcela de 1,5% é cobrada de todas as contas telefônicas para ser destinada ao Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). Porém, os recursos não são usados nas finalidades para as quais o fundo foi criado, já que o dinheiro é sistematicamente contingenciado.

— Esse dinheiro vai para o Tesouro e não é repassado. O Fundo foi criado em 2000, por ocasião das privatizações da telefonia e já arrecadou quase R$ 20 bilhões que praticamente não foram aplicados nas telecomunicações.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Igor Rodrigues Britto, da Comissão Especial de Defesa do Consumidor da OAB, lembrou que as operadoras de telefonia queriam cobrar o serviço fixo por volume e não por velocidade, como fazem com a telefonia celular.

— A OAB foi uma das entidades que peitou a tentativa da Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações] e das operadoras, que afirmavam o “fim da internet grátis”. A OAB defende a extinção do uso do papel. Temos de reduzir os impostos dos serviços essenciais, como energia elétrica, água e comunicações. É absurdo os governos taxarem a telefonia neste nível e concederem incentivos às indústrias de refrigerantes.

Também participou da audiência Nilo Pasquali, superintendente da Anatel.

Enfim, chegou a hora e a vez da Nova Petrobras brilhar na bolsa

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
agencia.senado@moneytimes.com.br
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar