Agronegócio

Comissão no Senado quer discutir crescimento do contrabando de agrotóxicos no país

03 jul 2019, 18:07 - atualizado em 03 jul 2019, 18:07
A presidente da CRA, senadora Soraya Thronicke, questiona o destino desses agrotóxicos contrabandeados e busca soluções para coibir o mercado ilegal (Imagem: Roque de Sá/Agência Senado)

O contrabando de agrotóxicos será tema de audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA).

A presidente da comissão, senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), propôs, nesta quarta-feira (3) o debate a partir de um estudo do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF), que mapeou a operação de quadrilhas nesse mercado ilegal.

O estudo “O contrabando de defensivos agrícolas no Brasil” mapeou a operação dessas quadrilhas e mostrou que os produtos vindos do Paraguai podem ser comprados por 30% ou menos do preço praticado no Brasil. Na análise do material apreendido, foi detectada concentração de princípios ativos até 600% superior ao permitido pelas autoridades sanitárias brasileiras.

Soraya destacou que esse tipo de crime vem crescendo no Brasil e quer saber também para onde o contrabando é distribuído e que medidas poderiam coibi-lo.

“Qual a sua destinação e quais as medidas podemos buscar para atuar de forma eficaz para a proteção da economia e da saúde humana e do meio ambiente, também, em relação a esse crime que só cresce em nosso país?”, indagou.

Para a audiência pública sobre contrabando de agrotóxicos — ainda sem data para acontece —, serão convidados representantes do IDESF, autor do estudo que motivou o debate na CRA; do Ministério da Agricultura; da indústria de defensivos; e das Polícias Federal e Rodoviária Federal de Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul, três estados que têm sido utilizados como entrada de agroquímicos ilegais no país.

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.