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Comissão que acompanha indenização de vítimas de Brumadinho discute roteiro de trabalho

24 nov 2020, 17:34 - atualizado em 24 nov 2020, 17:34
Mineração Vale Brumadinho
No dia 25 de janeiro, uma barragem de mineração da Vale em Brumadinho (MG) se rompeu deixando mais de 270 mortos (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

A comissão externa criada ontem pela Câmara dos Deputados para acompanhar a negociação entre a mineradora Vale (VALE3) e o governo de Minas Gerais para acerto das indenizações às vítimas da tragédia de Brumadinho reúne-se nesta quarta-feira (25) para discutir seu roteiro de trabalho.

A criação do colegiado foi proposta pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), que foi o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito de Brumadinho.

O deputado afirma que o valor da indenização que está sendo negociada pelo governo de Minas e com a Vale é inferior à metade do que havia sido calculado pelo Ministério Público e Justiça. “A negociação ainda excluiu a participação dos atingidos e ocorre à revelia do Poder Legislativo estadual e federal”, critica Correia.

A proposta foi apresentada no último dia 17, durante audiência de conciliação no Tribunal de Justiça de Minas. “A primeira proposta da Vale foi de pagamento de R$ 16,5 bilhões em indenizações, porém os cálculos do Ministério Público estipularam um valor de R$ 54 bilhões para indenização e reparação”, compara o parlamentar.

Segundo Correia, nova audiência foi marcada para o dia 9 de dezembro. “Estamos de olho e faremos tudo o mais rápido possível” diz o parlamentar. “Uma negociação desta magnitude não pode simplesmente ignorar a parte mais afetada da tragédia que são os atingidos”, complementa.

Integram a comissão externa, que será coordenada por Correia, os deputados mineiros André Janones (Avante), Áurea Carolina (Psol), Gilberto Abram (Republicanos), Júlio Delgado (PSB), Padre João (PT), Patrus Ananias (PT), Vilson da Fetaemg (PSB) e Zé Vitor (PL).

Relembre

No dia 25 de janeiro, uma barragem de mineração da Vale em Brumadinho (MG) se rompeu deixando mais de 270 mortos.

A lama de rejeitos de minério de ferro atingiu parte do centro administrativo da empresa, a comunidade Córrego do Feijão e o rio Paraopeba, afluente do rio São Francisco.

Depois disso, a Câmara dos Deputados criou uma comissão externa e uma comissão parlamentar de inquérito para acompanhar o caso. Além disso, vários parlamentares apresentaram projetos de lei propondo alterações na política de segurança de barragens.

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