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Commodities se dividem entre risco de recessão, com financeiros em alerta, e fundamentos

22 jun 2022, 9:27 - atualizado em 22 jun 2022, 9:41
Soja
Plantio d soja nos EUA volta a ficar ameaçado pelo clima quente e seco

O breve alívio no risco global da terça parece que desapareceu nesta parte da quarta (22), horas antes de o presidente do Federal Reserve começar dois dias de depoimentos no Senado, novos alertas de que a economia dos Estados Unidos começou a se retrair, inflação na Europa em alta como a vista na Inglaterra e novos casos de covid na China se espalhando.

O petróleo não resiste aos US$ 114 da véspera e desce para baixo dos US$ 110 o barril.

Algumas commodities sentem o clima azedo da recessão prognosticada, inclusive registrado pelo dólar index (DXY) em alta e os futuros de ações nos EUA em baixa, com perspectiva de que Wall Street também caia na abertura mais tarde.

Soja cai para US$ 16,66, em menos 0,85, às 9h20 (Brasília), puxada pela forte baixa do óleo de soja e projeção de algum impacto no desenvolvimento da safra americana, sob clima quente e seco.

Além desse mesmo fator climático, o milho também é candidato a atravessar o negócios em Chicago também em baixa, sob efeito da menor propensão ao consumo de combustíveis nos EUA, onde o presidente Joe Biden deve pedir menor taxação da gasolina.

O cereal está 0,32% menor, a US$ 7,57 o bushel de julho.

O trigo está em leve alta, não afetado por vendas de posições diante da oferta mundial cada vez mais ajustada, quando se compõe a dificuldade de escoamento do grão da Ucrânia e safras de primavera baixas no Hemisfério Norte, além do ciclo de inverno americano no monitor.

Avança1,34%, a US$ 9,88, tentando se recuperar das últimas baixas fortes.

O açúcar, em Nova York, segue a condição natural de baixa acompanhando o petróleo, pelo movimento especulativo pontual: óleo em queda não estimula o etanol no Brasil e, desse modo, sobra mais açúcar. A commodity se desvaloriza 1,13%, a 1845 centavos de dólar por libra-peso.

No dia anterior, o café se aproveitou do alívio no risco e de dúvidas na safra brasileira, em colheita. Este fundamento, agora, segue dando força ao contrato de julho em Nova York, em mais 0,57%, a 233,70 c/lp.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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