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Como a escalada da guerra comercial entre China e EUA pode ajudar o agronegócio brasileiro

09 abr 2025, 18:47 - atualizado em 09 abr 2025, 18:49
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(Imagem: REUTERS/Tingshu Wang/Pool)

Com o agravamento das tensões comerciais com os Estados Unidos, a China deve buscar fornecedores alternativos para produtos agrícolas. O Brasil, que já se beneficiou da guerra comercial em 2018, pode ver saldo ainda mais positivo dessa vez, diz o analista de grãos e oleaginosas da Hedgepoint Global Markets, Luiz Fernando Gutierrez.

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Gutierrez afirma que mesmo com problemas climáticos ao longo do ano, o Brasil deve colher uma safra recorde de soja. A tendência é que o país aumente a participação no mercado chinês, no qual já é o maior fornecedor da oleaginosa.

De acordo com o analista, o aumento das exportações para a China deve começar a impactar com mais força a partir do segundo semestre, já que a demanda nos primeiros meses do ano historicamente já são mais concentradas no Brasil.

“Normalmente as compras chinesas começam a se voltar para os Estados Unidos a partir de setembro. Então, mais para o segundo semestre veremos melhor este movimento da China comprando mais soja brasileira”, diz Gutierrez.

O especialista cita a estimativa da Hedgepoint para as exportações de soja, definidas em 107 milhões de toneladas. “Com essa nova guerra comercial, provavelmente vamos ter que elevar esse número, porque a tendência é a China comprar mais”, afirma.

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Além da soja, o analista destaca que outros produtos podem se beneficiar, sobretudo se a guerra comercial se agravar com outros países que consomem do agronegócio americano.

“Podemos falar sobre milho, carnes, de maneira geral, algodão e outros produtos relevantes para o agro. Em 2018 nos beneficiamos muito em relação à soja, mas dessa vez podemos ver algo maior”, diz Gutierrez.

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Escalada de tensões

Nesta quarta-feira (9), o presidente Donald Trump anunciou o aumento a tarifa contra a China para 125%, com início imediato, escalando ainda mais a guerra comercial.

A China já havia elevado os impostos sobre importações dos EUA mais cedo, em resposta às políticas tarifária norte-americana.

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EUA e a China estão travando uma guerra comercial desde que Trump retornou à Casa Branca e impôs uma taxa inicial de 20% contra os produtos chineses.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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