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Como a reforma tributária irá afetar as ações do setor de saúde?

23 jul 2020, 11:40 - atualizado em 23 jul 2020, 11:40
Apesar dos efeitos negativos estimados para as empresas privadas, ainda é cedo para avaliar um cenário com a nova legislação, afirmou o BTG Pactual (Imagem: Equipe Money Times)

A reforma tributária, caso aprovada, trará potenciais mudanças para o setor de saúde, com impactos maiores sentidos pelos laboratórios Fleury (FLRY3), Alliar (AALR3) e Hermes Pardini (PARD3), afirma o BTG Pactual (BPAC11).

Nesta semana, o governo encaminhou ao Congresso a primeira fase da reforma tributária, que contempla a união do PIS Cofins em um único imposto: a Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS). A proposta sugere uma alíquota de 12%, estando isentos do imposto os serviços oferecidos pelo SUS.

Apesar dos efeitos negativos estimados para as empresas privadas, ainda é cedo para avaliar um cenário com a nova legislação. Isso porque existem diversos contrapontos. De acordo com o banco, o Congresso não deve realizar mudanças no projeto. Além disso, as próximas fases devem aliviar as partes negativas da primeira.

“A nova legislação também inclui opções de dedução ou isenção que devem compensar parcialmente o aumento do imposto”, acrescentam os analistas Samuel Alves e Yan Cesquim.

No caso das seguradoras, como SulAmérica (SULA11), Hapvida (HAPV3) e NotreDame Intermédica (GNDI3), o BTG enxerga impacto limitado, uma vez que estão dentro da taxa diferenciada proposta de 5,8%. Ainda assim, serviços oferecidos por players verticalmente integrados a terceiros não escaparão da regra geral.

O banco tem recomendação de compra apenas para o papel da SulAmérica. Às demais empresas, a recomendação é neutra.

Educação

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As companhias de educação também foram mantidas na alíquota geral de 12%, mas o impacto pode ser maior por não estarem incluídas na possibilidade de isenção (Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

As companhias de educação também foram mantidas na alíquota geral de 12%, mas o impacto pode ser maior por não estarem incluídas na possibilidade de isenção.

No entanto, o BTG mantém certo otimismo em relação às próximas etapas da reforma, que podem trazer alívio para o setor.

“A fase um parece negativa para todos os envolvidos, mas as próximas propostas podem ser positivas. Então, o que parece negativo para um setor específico agora pode não ser quando todas as fases saírem e forem aprovadas”, defendem Alves e Cesquim.

As ações preferidas do BTG dentro da educação são a Cogna (COGN3) e a Ânima Educação (ANIM3), ambas com recomendação de compra.

O banco sugere cautela na hora de realizar decisões voltadas a investimentos, dado o momento atual de volatilidade.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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