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Como Americanas (AMER3), essa ação corre risco de sair dos índices da B3, segundo XP

22 fev 2023, 14:00 - atualizado em 22 fev 2023, 14:29
Méliuz
Ação do Méliuz marca seis pregões consecutivos na casa dos centavos e caminha para a sua sétima perda seguida nesta quarta-feira (22) (Imagem: Facebook/Méliuz)

A saída conturbada da Americanas (AMER3) de todos os índices da B3 pode ser seguida de outro evento semelhante, envolvendo desta vez uma empresa de tecnologia.

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De acordo com a XP Investimentos, o Méliuz (CASH3) tem chances de sofrer a mesma exclusão da varejista, mas por motivos diferentes. Enquanto a Americanas foi derrubada do Ibovespa após entrar em recuperação judicial, o Méliuz corre o risco de ser classificado como “penny stock” – ou seja, uma ação com preço médio abaixo de R$ 1 por 30 pregões consecutivos.

Pelas regras da B3, uma penny stock não é elegível para fazer parte de índices da Bolsa. Além de não ser penny stock e não estar em recuperação judicial, os requisitos para entrar ou se manter nos índices são:

  • ser negociado com regularidade: estar entre os ativos elegíveis que, no período de vigência das três carteiras anteriores, em ordem decrescente de Índice de Negociabilidade (IN), representem em conjunto 85% do total desses indicadores. Além disso, terem sido negociados em 95% dos pregões durante o mesmo período; e
  • ter volume financeiro relevante: participação de pelo menos 0,1% do volume negociado durante o período de vigência das três carteiras anteriores.

O papel da companhia marca seis pregões consecutivos na casa dos centavos e caminha para a sua sétima sessão abaixo de R$ 1 nesta quarta-feira (22), com desvalorização de 3,26% por volta das 13h40, a R$ 0,89.

A XP diz que, por enquanto, o valor médio da ação do Méliuz está em R$ 1,08, considerando o fechamento da última quinta (16).

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Com base em entradas e saídas do Ibovespa nos últimos cinco anos, a corretora chegou à conclusão de que ações incluídas no índice costumam mostrar, em média, uma valorização de 6,6% nos 30 dias antes da atualização. Enquanto isso, as ações removidas sofrem, em média, queda de 20,7% nos 30 dias antes do rebalanceamento.

Ex-queridinho

O setor de tecnologia foi um dos mais afetados nos últimos anos, dado o movimento de elevação dos juros pelo mundo, que impacta especialmente as empresas de crescimento.

O Méliuz estreou na B3 no auge das ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) em 2020 e era visto por uma parcela do mercado como um nome “queridinho” para se ter no portfólio. O papel da companhia, que saiu a R$ 10 na oferta, chegou a atingir os R$ 74 no pico, antes do desdobramento de ações.

A virada para 2023 não mudou muita coisa para a companhia, que já acumula uma desvalorização de mais de 20% no ano na Bolsa. Citando o cenário macroeconômico atual de juros e inflação ainda elevados e um e-commerce menos aquecido, a companhia anunciou em janeiro um corte de 6% no quadro de funcionários como parte de um processo de reestruturação interna para “aumentar a eficiência operacional”.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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