Opinião

Como começar a investir em ações na crise em 6 passos

21 abr 2020, 16:14 - atualizado em 20 abr 2020, 13:01
Mercados XP Investimentos Corretoras
A crise causada pelo novo coronavírus trouxe uma volatilidade no mercado, que não acontecia desde a crise do subprime, em 2008 (Imagem: LinkedIn/XP Investimentos)

Você ouviu no noticiário que a bolsa fechou em queda, que as ações estão caindo e que a oscilação está alta e ficou em dúvida se deve começar a investir em ações na crise? No post de hoje, vou te falar o que você precisa analisar, antes de decidir se deve dar o primeiro passo.

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A crise causada pelo novo coronavírus trouxe uma volatilidade no mercado, que não acontecia desde a crise do subprime, em 2008. Muitos investidores estão passando por essa situação pela primeira vez, o que é uma prova de fogo, ver o valor das ações caindo e não saber se deve vender, comprar ou fechar o home broker.

Assim como existem investidores que já estão na bolsa e vivenciando a crise, existem outros que descobriram o mercado de ações agora e não sabem se deve entrar. A verdade é que ninguém pode tomar essa decisão por você, mas têm algumas dicas que podemos te dar!

Dá uma olhadinha no que você vai encontrar neste texto:

1. Faça uma seleção das empresas
2. Analise os fundamentos
3. Tenha um planejamento financeiro
4. Observe o mercado
5. Veja o histórico de outras crises
6. Acompanhe perfis de analistas e gestores

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Cada perfil de investidor tem objetivos e condições diferentes, por isso, não há uma única resposta. Espero que as dicas que você verá aqui te ajudem a tomar uma decisão.

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1. Faça uma seleção das empresas

Escolher investir em uma ação só porque ela está com um valor baixo não é a melhor alternativa. Afinal, se a empresa não possui bons fundamentos, ela pode quebrar e você perderá dinheiro.

Atualmente, existem mais de 300 empresas listadas na bolsa, e selecionar apenas uma ou duas, pode ser uma tarefa difícil. Mas tem um passo a passo que pode te ajudar.

O primeiro passo é bem simples: pesquise sobre os setores que estão se destacando na crise. Se é o setor de saúde, bens industriais, telecomunicações, consumo cíclicos, entre outros. Você pode dar uma olhada na lista completa, no site da B3.

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Após selecionar o setor, dê uma olhada em quais empresas fazem parte dele e tente encontrar alguma que você conhece, que oferta serviços ou produtos de qualidade.

O legal de investir em ações, é pode investir em uma empresa que já faz parte do seu dia a dia, e que você sabe que pode confiar.

O próximo passo é abrir o site de RI dessas empresas que você selecionou. Para fazer isso é só digitar o nome da companhia + RI no google. Ex: Camil RI. Normalmente, é o primeiro ou segundo site que aparece.

2. Analise os fundamentos

Site de RI aberto, é hora de analisar os fundamentos! Cada investidor analisa as ações de uma forma, para isso, são escolhidos alguns indicadores.

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A análise fundamentalista é a principal forma de análise, principalmente para quem segue a filosofia do buy and hold. Claro que, é possível utilizar da análise gráfica, mas nesse caso, a fundamentalista mostra um panorama melhor sobre a empresa.

Os indicadores que indico você avaliar são: ROIC, dívida líquida/patrimônio, dividend yield e lucro.

É importante que, além de números, você observe posicionamentos. Procure em sites que falem sobre economia, quais foram as tomadas de decisões que a empresa teve desde o início da crise e de que forma isso impactou no mercado.

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Você pode ter acesso a esse tipo de informação tanto no site de RI, quanto em sites como: InfoMoney, Exame, Money Times e Investing.

Uma última dica nesse caso, é: após escolher a empresa e analisar os indicadores, faça uma lista das razões que te fazem querer investir nas ações da companhia. Após observar os tópicos, se decidir realmente comprar a ações, guarde essa lista com você, para consultar quando sentir vontade de vendê-las.

Quando você começar a riscar as razões que te fizeram investir na instituição, chegou a hora de passar as ações para frente.

3. Tenha um planejamento financeiro

De nada adianta querer investir, se você não tiver um planejamento financeiro para isso. Não é necessário ter uma grande quantia guardada, mas é importante ter consciência de que, você só deve aplicar se tiver um dinheiro disponível que não lhe fará falta durante o período de crise.

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Coloque no papel seus gastos, se você teve redução de salário e se a sua reserva de emergência é suficiente caso algum imprevisto aconteça (Imagem: Pixabay)

Por isso, avalie sua condição financeira. Coloque no papel seus gastos, se você teve redução de salário e se a sua reserva de emergência é suficiente caso algum imprevisto aconteça.

Após fazer as contas, cheque quanto de capital você tem a disposição. E aí, sim, é hora de aportar!

É sempre bom lembrar que, ao optar por investir em ações, você pode tanto ganhar, quanto perder dinheiro. Isso vai depender das suas escolhas e dos rendimentos da empresa. Ainda mais nesse momento de grandes oscilações, tenha cuidado redobrado.

A crise que está acontecendo é muito diferente e não temos projeção de como o mercado vai reagir. Por isso, aqui no Yubb, gostamos de dar a dica: só invista agora em ações o dinheiro que você pode perder.

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Pode parecer um pouco exagerado, mas, como o mercado está muito volátil, é uma medida de segurança.

4. Observe o mercado

Essa não é uma tarefa difícil. Reserve de 15 a 30 minutos do seu dia para dar uma olhada nas notícias sobre o mercado financeiro. Você pode fazer isso no início da manhã e no final da tarde, após a bolsa fechar.

Um forma prática de acompanhar as notícias diárias e saber como usá-las para investir melhor, é através de canais no Telegram.

Estes canais vão te fornecer informações para entender por que o Ibovespa fechou em alta ou baixa. Quais ações tiveram melhor rendimento e quais foram as medidas tomadas pelas empresas para que isso acontecesse.

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Atualmente, o Telegram é um dos principais canais de comunicação sobre investimentos, então é legal você ficar por dentro!

5. Veja o histórico de outras crises

Essa não é a primeira e nem será a última crise do mercado financeiro. Cada momento importante na história impactou de diferentes formas na bolsa, tanto a brasileira, quanto as internacionais.

Mas existem situações que acarretam muito volatilidade no mercado e trazem incerteza para os investidores. Foi o caso de outras crises, como a crise asiática em 1997, a crise russa em 1998, o câmbio flutuante em 1999, entre outras.

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Analisar outras crises e entender como as instituições se posicionaram, quanto tempo o índice levou para se recuperar e como foi a volatilidade na época, traz uma segurança maior tanto para o investidor iniciante, quanto para quem já opera há bastante tempo.

6. Acompanhe perfis de analistas e gestores

E por último, mas não menos importante, acompanhe os perfis de analistas e gestores. Tanto no Instagram, quanto no Twitter.

Sabemos como é difícil selecionar as melhores informações, existindo tantos sites e redes sociais que falam sobre o assunto. Mas uma boa forma de fazê-lo é escolhendo perfis de pessoas que você confia.

Por exemplo, você conhece uma casa de análises y e acredita no trabalho dela. Pesquise sobre quem são os analistas dessa casa e siga nas redes sociais. É muito comum que analistas e gestores, postem opiniões sobre o desempenho das empresas.

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Se você não tem condições de contratar uma casa de análises, essa é uma boa forma de ter acesso a um pouco do conteúdo que eles disponibilizam, de forma indireta.

Com os gestores é a mesma coisa. Pesquise sobre os fundos com melhor rentabilidade, as tomadas de decisões dos gestores, escolha um ou dois que tem passem confiança, e acompanhe nas redes.

A sugestão aqui não é seguir tudo o que eles falam. Mas observar as opiniões para que você possa criar uma própria.

Essas foram algumas dicas que você pode seguir para começar a investir em ações na crise. Em resumo, você precisa estar bem informado, ter patrimônio disponível e ter segurança na empresa em que irá investir. Feito isso, pode abrir o home broker, que tá liberado!

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marlana.zanatta@moneytimes.com.br