Finanças Pessoais

Como diversificar investimentos: 7 passos para ter um portfólio completo

20 jan 2019, 11:05 - atualizado em 18 jan 2019, 18:25

Por Debora Duarte, do Yubb

De acordo com o dicionário, o verbo diversificar significa “diferente, variado; variar ou fazer variar”. No mundo dos investimentos, diversificação é uma estratégia usada em que o investidor coloca seu capital em diferentes tipos de ativos a fim de ganhar mais dinheiro e garantir a segurança. Mas como diversificar investimentos?

Ao invés de colocar todo o seu dinheiro em um só lugar, a ideia é investir em diversas aplicações. O objetivo disso é correr menos risco de perder dinheiro e, é claro, ter a chance de ganhar mais já que vai aproveitar as oportunidades de diferentes títulos.

“Se já é difícil escolher um investimento, escolher vários é impossível”: esse é o pensamento de muitas pessoas. No entanto, a verdade é que esse processo não é complicado e, no post de hoje, vou te mostrar 7 passos muito simples para você aprender como diversificar investimentos e ter um portfólio completo.

1. Defina o seu perfil-investidor

O primeiro passo é passar por uma “crise de identidade” e descobrir quem você é no mundo dos investimentos. Morre de medo de perder dinheiro? Talvez você seja conservador. Gosta de correr riscos para ganhar mais? Pode ser um arrojado. Não é nem um e nem outro? Talvez seja moderado.

Faça uma análise da sua vida financeira e de suas características para entender qual é o seu perfil de risco. A partir disso, você pode definir qual é o percentual do patrimônio que vai para cada tipo de investimento. Confira:

O investidor conservador pode colocar 95% do seu patrimônio em renda fixa e 5% em renda variável.

O investidor moderado pode colocar 80% em renda fixa e 20% em renda variável.

O investidor arrojado pode colocar 60% em renda fixa e 40% em renda variável.

Você deve ter percebido que a carteira de todos os investidores precisa ter mais investimentos em renda fixa do que em renda variável. Isso acontece porque a maioria dos especialistas diz que a composição de renda variável nunca deve ser maior do que a metade.

2. Defina os seus objetivos

O segundo passo é definir os seus objetivos. Muitas pessoas acabam investindo sem nenhum propósito e isso não é o mais indicado. Se você não define qual é a sua motivação, pode ser difícil ter dedicação e disciplina para investir mensalmente. Ter uma aposentadoria tranquila, viajar nas férias, fazer um intercâmbio, comprar um imóvel… O que você quiser!

Vale lembrar que não é preciso ter apenas um objetivo. Você pode ter uma meta para curto prazo, uma para médio prazo e outra para longo prazo, por exemplo. O importante é “desenhar” todos os objetivos para saber quanto é necessário economizar para realizá-los.

3. Escolha diferentes prazos

A partir dos objetivos, o terceiro prazo é definir os prazos dos investimentos. Uma carteira diversificada é aquela que atende os seus diferentes objetivos em diversos momentos da vida. Para isso, você precisa analisar as opções de investimento disponíveis para escolher aquelas que de encaixam em suas metas.

Se o seu objetivo é viajar daqui a um ano, por exemplo, precisa colocar uma parte do dinheiro em uma aplicação com esse prazo. Mas você pode também querer ter uma reserva para aposentadoria e, nesse caso, parte do patrimônio precisa ir para um investimento a longo prazo. É um quebra-cabeça em que o seu patrimônio é dividido de acordo com a necessidade de resgatar o dinheiro no futuro.

4. Crie uma reserva de emergência

Muitas vezes, esse quarto passo é esquecido pelos investidores no momento de criar um portfólio. Antes de alocar seu patrimônio em diferentes ativos, é essencial criar uma reserva de emergência. É um dinheiro que ficará investido em títulos com liquidez diária (CDB ou Tesouro SELIC) e que só deve ser usado em casos de emergência.

A quantidade que deve ser separada depende de cada pessoa. Alguns especialistas recomendam um valor que cubra 6 meses de gastos, outros recomendam 12 meses. É você quem decide! Mas o interessante é entender que você precisa ter essa reserva “dentro” da diversificação do seu patrimônio.

5. Escolha diferentes opções em cada grupo

Na hora de diversificar, os especialistas normalmente recomendam um percentual em renda fixa e outro percentual em renda variável (eu mesma disse isso no passo #1, né?). Mas a verdade é que diversificação vai muito além disso. O quinto passo é investir o seu dinheiro em diferentes ativos, mesmo que eles sejam do mesmo grupo.

Exemplo: você é um investidor moderado e vai colocar 80% em renda fixa e 20% em renda variável. Dentro desses 80%, uma parte pode ir para um CDB com liquidez diária, outra para uma LCI e o resto em um fundo de renda fixa. Já nos 20%, uma parte pode ir para ações e o resto para COE.

Para ter um portfólio completo, você precisa ter diferentes tipos de produtos que estejam em diversas classes para fazer o seu dinheiro render mais e mitigar riscos.

6. Abra conta em diversas instituições

O sexto passo para você ter um portfólio completo é uma dica de amigo: abra conta em diferentes instituições financeiras. Como você já deve saber, uma conta de investimentos é diferente de uma conta corrente e o processo de abertura é rápido e online.

Partindo do princípio que, infelizmente, as melhores opções não ficam em um só lugar, é muito importante ter contas abertas em diversos bancos e corretoras. Dessa forma, você consegue aproveitar as melhores oportunidades do mercado e diversificar seu portfólio não só em produtos e ativos, mas também em instituições.

7. Siga diversificando

Em finanças pessoais, disciplina e dedicação é TUDO. Além de criar um portfólio completo com o seu patrimônio atual, é essencial que você se preocupe com o futuro e siga investindo (e diversificando) todos os meses.

Faça balanços periodicamente e veja o que está valendo a pena e o que não está indo tão bem. Aloque o capital de acordo com novos objetivos – sempre tendo muita atenção aos prazos de vencimento – e continue o processo todos os meses para ter uma vida financeira plena e tranquila.

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