Cosan (CSAN3): Como fica o pagamento de dividendos após o aporte de R$ 10 bilhões?

O aporte de R$ 10 bilhões do BTG Pactual e da empresa de investimentos Perfin na Cosan (CSAN3) traz um alívio na estrutura de capital da holding de Rubens Ometto. Mas como a operação afeta o pagamento de dividendos e a recompra de ações?
Questionado durante teleconferência com analistas nesta segunda-feira (22), o CFO da Cosan, Rodrigo Araujo, afirmou que a remuneração aos acionistas levará em consideração temas como estrutura de capital da companhia, índice de cobertura de juros, momento macroeconômico e patamar de taxa de Selic. Ou seja, dividendos não são prioridade neste momento.
Ele reforçou que o novo passo da companhia em direção à desalavancagem é importante, mas que não é o último dessa jornada.
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“Essas são questões determinantes para capacidade ou não da holding de distribuir dividendos. É óbvio que ninguém vai ter o racional de ficar empoçando caixa na companhia. Sendo bem-sucedido no processo de desalavancagem, acredito que os sócios vão olhar e discutir sobre o tema, mas dada a jornada, estamos longe disso”, disse.
O comentário sobre o tema surgiu após questionamento de Vicente Falanga, analista do Bradesco BBI sobre eventual de dividendos no lock-up de 4 anos e injeção de liquidez em subsidiárias como a Raízen (RAIZ4).
Vale reforçar que a Aguassanta, de Rubens Ometto, segue com 50,01% das ações, se mantendo como acionista controlador.