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Como manter uma boa governança em tempos de guerra; confira

13 set 2022, 11:11 - atualizado em 13 set 2022, 11:11
Guerra na Ucrânia
O IBGC produziu um material com 14 dicas para contribuir com processos de decisão mais seguros durante uma guerra (Imagem: REUTERS/Zohra Bensemra)

A guerra na Ucrânia completou seis meses no último dia 24 de agosto – e o fim do conflito ainda está longe. Desde então, Rússia e Ucrânia deixaram de exercer seus papéis como exportadoras de gás e commodities para o mundo, provocando um desequilíbrio econômico.

Os mercados de energia e combustíveis, fortemente afetados pelo novo contexto geopolítico, impactaram as empresas no mundo todo, que estão expostas, em maior ou menor grau, a efeitos diretos e indiretos da guerra.

Assim, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) produziu um material com 14 dicas para contribuir com processos de decisão mais seguros e conscientes para operar nesse contexto, o “Governança em tempos de guerra”.

O documento avalia que existem dois tipos principais de impacto: os do contexto externo na empresa e os do posicionamento e das ações da companhia perante a guerra.

Confira os pontos levantados

A primeira dica é sempre identificar e monitorar riscos. É importante que o conselho ouça opiniões diferentes de especialistas sem vieses ideológicos, com o intuito de avaliar cada situação e propor um planejamento estratégico.

Assim, é fundamental garantir que as decisões sejam tomadas a partir de informações e dados obtidos a partir de fontes fidedignas, buscando a racionalidade do processo decisório do colegiado.

O objetivo é estabelecer fluxos claros e contínuos de comunicação entre os agentes de governança e os mais distintos stakeholders. A depender da materialidade dos riscos, pode ser necessário criar um comitê de crise.

O IBGC recomenda, então, que as empresas reavaliem a cadeira de valor da companhia. No caso da guerra na Ucrânia, os boicotes à Rússia obrigaram as empresas a substituir ou aumentar a diversificação de fornecedores.

O objetivo da medida é verificar se existe a  necessidade de mudanças nos canais de transporte e distribuição em função dos impactos da guerra.

Pode ser o caso, inclusive, de avaliar a necessidade de se desenvolver cadeias de produção regionais ou internas, para substituir as importações.

Outro ponto levantado é investir em cibersegurança, pois empresas privadas que atuem na região da guerra também podem ser alvos de ataques hacker.

Os possíveis impactos no câmbio e na inflação também precisa ser monitorado e, se preciso, reavaliar as estratégias de preços dos produtos e serviços.

Além das ações concretas, o IBGC ressaltou a importância de manter o compromisso com responsabilidade corporativa, em busca da redução de externalidades negativas e aumento das positivas.

Zelar pela preservação, segurança física, psicológica e material das pessoas. Além dos eventuais posicionamentos públicos sobre a guerra, para que sejam definidos após a avaliação de riscos.

Assegurar alinhamento estratégico e transparência nas doações e ajuda humanitária às vítimas.

Por fim, avaliar eventuais possibilidades de inovação e novos negócios em setores mais impactados pela guerra.

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Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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