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Como melhorar os resultados de sua empresa através de iniciativas empreendedoras

10 jan 2023, 12:37 - atualizado em 10 jan 2023, 12:39
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Corporate Ventura Capital surge como uma iniciativa de empreendedorismo, com benefício mútuo entre empresa investidora e investida (Imagem: Pixabay/Tumisu )

Por Pedro Augusto Marques*

A meta primária de qualquer empresário e acionista é que o crescimento de seu negócio ocorra de forma sustentável e saudável. Contudo, sem uma estratégia de crescimento com fontes de receitas consistentes, o negócio tende a não prosperar. Para esse cenário, temos majoritariamente duas grandes vertentes estratégicas: crescimento orgânico e inorgânico.

A estratégia orgânica consiste na expansão do negócio com o desenvolvimento dos próprios recursos e capacidades internas, através de aumento na capacidade produtiva, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, expansão para novos mercados e aumento da base de clientes.

Já o crescimento inorgânico se dá por meio de fusões e aquisições (M&A – Mergers and Acquisitions) para obtenção de vantagens competitivas e estratégicas de crescimento, que também podem ser obtidas através de alianças estratégicas, conhecidas como joint ventures (JV).

O que são M&A e JV?

Pensando no contexto de M&A e joint ventures, por mais que disponha de muitos recursos, uma companhia dificilmente conseguirá inovar e crescer com todo seu potencial se isso for feito de forma isolada. Ainda mais, considerando-se as transformações rápidas que o mercado vivencia atualmente.

Dessa forma, as corporações devem ter estratégias para buscar um modelo de crescimento que promova a colaboração com organizações externas, ampliando seus horizontes.

Para melhor organização, interação e integração com organizações externas, muitas corporações estruturam um Corporate Venture Capital. O CVC é caracterizado pelo benefício mútuo entre empresa investidora e investida, no qual os investidores apoiam e alavancam as empresas do seu portfólio através de recursos tecnológicos, financeiros e humanos, em troca de elementos que contribuam para obtenção da sua vantagem competitiva.

De acordo com a Harvard Angel Brasil, os investimentos em Corporate Venture Capital estão em crescimento em todo ecossistema global.

Em 2021, houve por volta de 2000 transações realizadas em CVC no mundo, com valores que ultrapassam US$ 57 bilhões. Esse tipo de movimento inorgânico corresponde a 25% dos recursos globais destinados a startups.

Já falando do cenário nacional, 62% dos CVCs que atuam no Brasil atuam há menos de dois anos. Em 2021, houve um recorde de US$ 3,5 bilhões captados por startups nacionais, tornando o Brasil o país mais ativo do ecossistema de inovação da América Latina.

CVC e as 4 etapas

Para que todo potencial disruptivo do CVC seja alcançado, a estruturação deve ser planejada em 4 macro etapas:

  •         Alinhamento com visão estratégica: aqui deve-se entender os interesses e objetivos estratégicos da adquirente. É feita uma análise interna da empresa, entendendo seu modelo de negócio e quais as possibilidades de crescimento no mercado atual. Nessa análise, são estudadas as possibilidades de expansão mercadológica em relação a canais de distribuição, força/representatividade da marca, região e segmento de atuação, categoria dos produtos/serviços e posicionamento estratégico dos players.
  •         Planejamento do modelo de CVC: tangibilizadas as expectativas em relação ao investimento, é necessário planejar qual o modelo mais adequado do ecossistema de conexão entre investidor e investidas.  Pode-se desenvolver uma área interna, parte do organograma da companhia, ou criar uma holding para ser responsável pela CVC. Nessa etapa, também é importante definir quais serão os papéis, responsabilidades e modelo de governança da nova estrutura. O principal objetivo é identificar as sinergias entre adquirente e adquirida, planejando um modelo de estrutura que capture todo o potencial de inovação.
  •         Planejamento financeiro: nesta etapa, é necessário definir qual estrutura financeira será utilizada. Normalmente há o financiamento por meio de capital semente (seed capital), que é geralmente utilizado para aquisição de empresas em estágio inicial de desenvolvimento. Também há financiamento de expansão, IPO e fusões e aquisições. Após a definição de estrutura, é mensurado o orçamento disponibilizado na operação de CVC. Por fim, são mapeados possíveis alvos de aquisição e segmentos de mercado, priorizando as empresas que mais se adequam ao planejamento estratégico da adquirente.
  •         Jornada de integração: para que o CVC seja completo e apresente bons resultados, é necessário definir processos, sistemas e pessoas responsáveis. Deve-se estruturar as principais atividades executadas de forma integrada com as demais iniciativas corporativas. Também é importante levantar e definir os sistemas a serem utilizados, ponderando o equilíbrio de competências no time de gestão e ecossistema de conexão.

Portanto, seja por meio de aquisições que complementam o modelo de negócio ou que oferecem acesso a novas tecnologias e talentos, o CVC pode alavancar as corporações a atingirem todo seu potencial estratégico de crescimento.

Dado o cenário de tendência de crescimento de investimentos no setor, é importante a estruturação e correto planejamento de toda execução do Corporate Venture Capital para conseguir capturar todos seus benefícios e tirar proveito da tendência do mercado.

 * Pedro Augusto Marques é analista da Peers Consulting & Technology; participou de projetos nas áreas de educação pública e privada e varejo; integrante do time de Growth Strategy and M&A na Peers. Formado em Engenharia Mecânica pela USP – Universidade de São Paulo.

Peers Consulting, a consultoria de negócios que mais cresce no Brasil. A Peers nasceu em 2012 e, desde então, a receita vem crescendo a uma taxa média de crescimento (CAGR) de 40% ao ano. O faturamento em 2020 fechou em R$ 35 milhões, superando em 30% a meta e com um crescimento de 70% sobre o ano anterior. Atende apenas gigantes como Grupo Boticário, Cogna (Ex Kroton), Yduqs, Alpargatas, Marisa, Grupo Fleury e diversas companhias do portfólio de fundos de private equity.
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