Commodities

Como no açúcar, contratos curtos de soja em Chicago já não interessam tanto ao Brasil

28 jul 2020, 10:51 - atualizado em 28 jul 2020, 10:58
Soja
Preços para a soja brasileira cada vez mais interessam os de 2021 (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A situação da soja brasileira está cada vez mais parecida com a vivida pelo açúcar. A movimentação de Chicago, nos contratos mais curtos da bolsa de mercadorias, só interessa para poucos produtores e traders. Tanto faz se sobe ou cai, sobrou muito pouco das commodities.

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Os vencimentos até janeiro só interessam mesmo para os produtores dos Estados Unidos, que começam a colher em dois meses. No adoçante, o outubro e até mesmo o março estão no radar praticamente apenas para os produtores asiáticos, montados em altos estoques e com safra nova – e boa – começando em final de setembro.

No caso específico ainda da oleaginosa, mesmo se as cotações caírem, como nesta terça (28) mais de 1,24% o agosto (US$ 8,94) – e variando até menos 1,5% nos contratos subsequentes até janeiro, sob boas condições da safra americana -, ainda tem os prêmios portos compensando o pouco de disponível que resta da safra velha.

A estimativa gira entre 10 e 11 milhões de toneladas, em torno de menos de 10% para ser comercializado, o que trouxe para a “briga o mercado interno tentando manter o máximo no Brasil”, diz Marlos Correa, da InSoy Commodities.

Os recordes de exportações limparam os estoques e o que sobrou “está nas mãos de poucos, enquanto a esmagadora maioria que está fora do mercado olha a safra 20/21”, concorda Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. Para ele, 40% da safra nova, com plantio a partir de setembro, já estão fixados.

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No acumulado de 2020, o Brasil embarcou 73,5 milhões de toneladas de grãos, 10,1 milhões/t de farelo e 899 mil/t de óleo.

Os prêmios nos portos, que sustentam o curto prazo com a procura das indústrias brasileiras, se posicionam acima da paridade de Chicago, lembra o analista e trader da InSoy.

Brandalizze diz que Paranaguá paga 160 pontos acima. “E inclusive nos Estados Unidos estão subindo, em mais de 80 pontos, com a China tendo que se voltar para aquele mercado”, completa.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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