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Como será o futuro dos bancos no pós-pandemia? Pesquisa traça possíveis cenários

10 out 2020, 14:03 - atualizado em 06 out 2020, 19:57
A maioria dos brasileiros diminuiu a frequência de saques, e a tendência é de que a população recorra cada vez menos aos caixas eletrônicos (Imagem: Freepik/jcomp)

A imposição da quarentena para conter o avanço da pandemia de covid-19 acelerou o processo de transformação digital no setor financeiro. De acordo com a pesquisa Transformação do Mercado Financeiro, realizada pela ioasys, a maioria dos brasileiros diminuiu a frequência de saques, sendo que 64% dos mais de 400 entrevistados pretendem sacar cada vez menos dinheiro em caixas eletrônicos.

Outros 74% responderam que não têm o hábito de realizar saques. A maior frequência apresentada foi de três vezes ao mês.

A pesquisa ainda apontou que aproximadamente 70% preferem sacar dinheiro em terminais do Banco24Horas e apenas 10% precisam da agência.

Resistência

Os brasileiros, movidos pela praticidade, segurança e rentabilidade, estão acompanhando a digitalização bancária. No entanto, um grupo da população continua resistindo à total incorporação das ferramentas digitais.

De acordo com o levantamento, 14% dos entrevistados não confiam ou se sentem seguros em bancos totalmente digitais. Uma parcela maior, formada por 27%, está satisfeita com o modelo tradicional, enquanto 30% acreditam que daria muito trabalho mudar agora.

Dentre os usuários de bancos digitais, 33% gostariam de ter pelo menos uma agência física disponível.

Personalização

Outro ponto levantado pelas pessoas é a demanda por ferramentas personalizadas. Quase metade dos brasileiros não gosta de falar com robôs. Para 33%, os bancos deveriam lançar acessos digitais mais diferenciados, que atendam as necessidades e especificações do cliente.

Super apps

Banco Inter
“Além de uma conta digital gratuita, o Super App do Banco Inter disponibiliza os serviços financeiros fornecidos por ele e os serviços oferecidos por empresas parceiras de diversas categorias”, destacou a ioasys (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

No cenário digital, a ioasys vê a ascensão de plataformas holísticas e super apps para otimizar a troca de informações.

Empresas começaram a enxergar vantagens de reunir em um só lugar todas as funcionalidades ao mesmo tempo que cria novas estratégias para aprimorar a segurança e o atendimento personalizado.

Esse é o caso do WeChat, plataforma da China que permite que usuários mensagens, façam vídeo chamadas, transfiram dinheiro, planejem suas férias, façam compras e paguem contas com poucos cliques.

Um exemplo nacional de super app bem sucedido é o do Banco Inter (BIDI4;BIDI11).

“Além de uma conta digital gratuita, o Super App do Banco Inter disponibiliza os serviços financeiros fornecidos por ele e os serviços oferecidos por empresas parceiras de diversas categorias, como casa, viagens, tecnologia, transportes e entretenimento”, destacou a ioasys. “O que o diferencia dos demais super apps é a possibilidade de cashback, que torna a solução atrativa, além da praticidade e de compra de acordo com o mapeamento de estilo”.

Metodologia

O estudo foi aplicado em todo o país usando duas metodologias: a primeira contou com a participação de 24 entrevistados com profundidade, pertencentes a três categorias diferentes – usuários de bancos digitais, usuários de bancos tradicionais e usuários que usam os dois modelos – das faixas etárias 18 a 23, 24 a 37, 38 a 49 e acima de 50.

A pesquisa também teve um questionário online, do qual participaram  375 pessoas.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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