Comprar ou vender?

Como seria a carteira de Buffett no Brasil? Parte 3

18 out 2017, 23:02 - atualizado em 05 nov 2017, 13:53

Por Shin Lai e João Paulo Freitas, estrategista e analista da Upside Investor

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Nas semanas anteriores havíamos comentado sobre como seria a carteira de Warren Buffett se ele tivesse no Brasil.

Hoje vamos continuar nossa ‘conversão’ da carteira de Buffett de Wall Street para a Bovespa.

Buffett estava investindo em empresas de Tecnologia. No Brasil quais seriam as equivalentes?

Novamente temos algumas surpresas com o portfolio de Buffett, já que historicamente sabemos que o Mago de Omaha sempre evitou os chamados ‘cases’ de tecnologia, por estarem sujeitos aos efeitos das mudanças de tecnologia.

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Leia também: 

E se Warren Buffett tivesse nascido no Brasil, qual seria a sua carteira?

Como seria a carteira de Buffett no Brasil? Parte 2

Na carteira da Berkshire Hathaway podemos destacar três empresas de tecnologia: IBM, Apple e Verisgin.

Antes de dizermos quais empresas brasileiras seriam equivalentes a estas três, vamos entender os motivos que levaram Buffett a investir nestas empresas de tecnologia.

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IBM começou a fazer parte da carteira da Berkshire 6 anos atrás. E é uma posição que já foi muito maior do que ela é hoje. A Berkshire que chegou a ter 81 milhões de ações no final de 2016, vendeu um terço nos primeiros dois trimestres de 2017. As razões de Buffett foram estas: Eu não vejo a IBM da mesma maneira que a vi seis anos atrás quando comecei a comprar. Eu a reavaliei para baixo.

O que mudou para IBM? A empresa que historicamente foi uma das pioneiras da indústria de ‘hardware’, e posteriormente teve que se transformar em uma empresa de consultoria em Tecnologia da Informação. A empresa oferece serviços chamados ‘analytics’ tanto de uma forma descritiva quanto preditiva. Além de ser um importante ‘player’ no segmento de ‘big data’, isto é, análise de grandes dados.

Embora a IBM seja um competidor importante e dominante, o fato é que a competição neste setor aumentou dramaticamente nos mercados de atuação fazendo com que suas receitas declinassem, trimestre após trimestre, o que acendeu uma luz vermelha para Buffett, levando-o a vender parte da posição. 

Outra surpresa na carteira de Buffett é Apple. Aqui temos uma forma radical de ver a ‘Maçã’. Buffett não a vê como uma empresa de tecnologia mas, sim uma empresa de consumo, que possui uma marca fortíssima e criou um eco sistema único para seus clientes. Conforme analisamos em artigos anteriores, o negócio de telecomunicação virou quase uma necessidade básica da nossa vida moderna. Ninguém consegue mais viver sem usar um celular e consequentemente um serviço de dados. Logo, os riscos não são tão altos e tão tecnológicos como foram historicamente. Também devemos considerar o fato de que hoje parece ser um setor maduro. O que o torna uma aposta perfeita para Buffett.

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Verisign, que é outra aposta de Buffett, oferece serviços de administração de sites, além de oferecerem a gestão de infraestrutura por de trás destes sites. Um dos negócios principais da Verisign é oferecer proteção aos seus usuários através de antivírus.

Aqui, parece caber a mesma visão para Apple, ou seja, embora a priori seja um negócio de ‘internet’, a forma como a firma opera pode facilmente transformá-la em uma empresa de serviços como qualquer outra. 

Por que Buffett investiu em Verisign? Bom, alguns analistas mencionam que a firma é quase um monopólio do seu setor, com amplo poder para estabelecer preços. A empresa possui os ‘fossos protetores’ que Warren adora. Na realidade, a empresa ao proteger seus usuários torna-se quase uma ‘seguradora para negócios de internet’, que visto desta forma, parece menos arriscada do que ela realmente é.

E como seriam as escolhas equivalentes para Buffett no Brasil?

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Quando falamos do setor de tecnologia na Bovespa, não é fácil encontrar o que seriam os equivalentes americanos. Primeiro porque historicamente temos sido uma bolsa de produtos primários, isto é, de commodities como minérios, papel e celulose e produtos agrícolas.

No caso de IBM, as empresas mais próximas que temos na Bovespa é a Totvs. Historicamente a Totvs se estabeleceu como uma empresa que vende softwares corporativos, mas que também foi desafiada a se transformar em uma empresa que licencia serviços.

No caso de Apple é mais difícil ainda encontrar uma empresa equivalente no Brasil. O que o investidor pode fazer no mínimo é se posicionar em um elo da cadeia de telecomunicações, no caso, as melhores opções são as ‘telcos’ clássicas.

Na próxima semana continuaremos a analisar como seria a carteira de Warren Buffett na Bovespa. Acompanhe nossas análises no nosso site: www.upsideinvestor.com. Conheça nossas análises e recomendações em ações, que também se baseiam nas ideias de investimento de Warren Buffett.

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