Como Trump fez todos acreditarem que sua fortuna é US$ 10 bilhões maior que o valor real

O ex-presidente e agora candidato Donald Trump poderá perder o controle de parte do seu império imobiliário, em uma ação que envolve desde a simbólica ‘Trump Tower’, em Nova York, à mansão de ‘Mar-a-Lago’, na Flórida, onde reside atualmente.

O juíz da Suprema Corte de Nova York, Arthur Engoron, deu razão parcial à acusação da procuradora do estado, Letitia James, ao entender que a família Trump vem conduzindo um esquema de supervalorização dos ativos.

Declarando valores maiores do que de fato valem suas propriedades, Trump e sua família teriam conseguido empréstimos em melhores termos com instituições financeiras, configurando fraude.

Segundo a decisão do juiz, esta manobra teria inflado em US$ 10 bilhões a atual fortuna de Donald Trump.

A resolução determina o cancelamento das licenças comerciais de Donald Trump e dos seus filhos no estado de Nova York, basicamente impedindo que o republicano e sua família volte a fazer negócios no estado.

Além disso, pediu às “partes” que propusessem “liquidatários” encarregados de gerir a “dissolução das empresas” em questão.

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Advogados de Trump vão recorrer da decisão

A equipe legal do republicano informou à imprensa que irá recorrer da decisão de Engoron. Um de seus advogados, Chris Kise, acusou o juiz de querer “nacionalizar um dos impérios corporativos mais prósperos dos Estados Unidos”.

Além disso, Kise acusa o juiz de “Assumir o controle da propriedade privada, mesmo reconhecendo que não há evidências de falta de pagamento, inadimplência, pagamentos atrasados ou reclamação de danos”.

Em uma nova etapa deste processo legal, deverá haver um julgamento para decidir sobre as sanções financeiras. A procuradora-geral Letitia James pede uma indenização de US$ 250 milhões.

O republicano enfrenta diversas acusações criminais, incluindo acusações de tentar anular o resultado das eleições presidenciais de 2020. Ainda assim, Trump permanece como o favorito nas pesquisas para as primárias republicanas.