Bebidas

Como um país europeu com vinhos desconhecidos conquistou Nova York

02 jan 2020, 7:10 - atualizado em 02 jan 2020, 7:10
O país entra na década de 2020 com um lugar na lista de vinhos do Hudson Yards, em Nova York, um complexo residencial e de restaurantes de luxo (Imagem: Pixabay)

Vender móveis da Iugoslávia nos Estados Unidos preparou Emil Gaspari para uma improvável carreira como promotor de vinhos.

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Após duas décadas de perseverança e um salto de qualidade, seu país natal, a Eslovênia, está ganhando reconhecimento nos EUA, o maior mercado do mundo.

O país entra na década de 2020 com um lugar na lista de vinhos do Hudson Yards, em Nova York, um complexo residencial e de restaurantes de luxo, onde uma cobertura de sete quartos custa US$ 32 milhões.

Superar a concorrência com garrafas Chateau Margaux, de US$ 1.950, e um Cabernet Sauvignon de Napa Valley, que sai por US$ 1.150, no que a revista “New York” chamou de “cidade de fantasia de bilionários” aumenta o prestígio de um dos menores produtores de vinho da Europa.

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Vizinha de produtores rivais como Itália e Áustria, a Eslovênia não é apenas terra natal da primeira-dama dos EUA, Melania Trump (Imagem: Damijan Simčič/ZOSO)

“Definitivamente, dá direito de se gabar”, disse Jordan Sekler, o sommelier do Queensyard, um restaurante no Hudson Yards que serve vinhos eslovenos, vendidos na faixa inferior de preços, e Sekler disse que é uma chance para clientes provarem algo diferente.

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Menor que Nova Jersey e vizinha de produtores rivais como Itália e Áustria, a Eslovênia não é apenas terra natal da primeira-dama dos EUA, Melania Trump.

Há muito tempo negligenciada em detrimento de grandes nações vinícolas da Europa Oriental, como Hungria e Bulgária, a Eslovênia também está ganhando espaço como como destino de gastronômico e de vinhos.

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A Wine Spectator disse que o país está conquistando reconhecimento com uma geração de produtores que colocam a qualidade acima da quantidade (Imagem: Unsplash/@sapegin)

Ana Ros, cujo restaurante fica em um vale alpino, foi escolhida a melhor chef no ranking feminino em 2017, e a Eslovênia receberá seu próprio Guia Michelin no próximo ano.

A Wine Spectator disse que o país está conquistando reconhecimento com uma geração de produtores que colocam a qualidade acima da quantidade.

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Como muitas outras regiões vinícolas recentemente globalizadas, a Eslovênia tem séculos de tradição. O Queensyard oferece um rosé Cabernet Sauvignon de US$ 75 da Batic, uma propriedade onde os monges fabricaram vinho pela primeira vez em 1592.

Um syrah de US$ 85 vem da Vinakoper, que começou como uma adega coletiva sob o socialismo em 1947.

Amantes de vinho

Se escasso significa exclusivo, isso é verdade para o vinho esloveno: a maior parte é consumida internamente pelos 2 milhões de habitantes do país. A produção anual da Itália é cerca de 70 vezes maior, de acordo com dados da União Europeia.

“Exportamos apenas 10% de toda a produção”, disse Gaspari. “O resto bebemos, desde o nascimento até a morte.”

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