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Compra do Grupo Santa Mônica marca uma nova fase para a NotreDame, dizem analistas

26 jun 2020, 15:36 - atualizado em 26 jun 2020, 15:51
Notredame Intermédica
Segundo o BTG Pactual, a transação, ainda que pequena, é altamente estratégica para a NotreDame (Imagem: LinkedIn/Grupo NotreDame Intermédica)

A NotreDame Intermédica (GNDI3) anunciou ontem (25) que sua subsidiária NotreDame Intermédica Saúde adquiriu o Grupo Santa Mônica por R$ 233 milhões.

Pelo acordo, a empresa assume controle indireto do grupo (89,9% das quotas da SMV Serviços Médicos, 92% do Hospital e Maternidade Santa Mônica, 75,2% do Incord e 86,1% do Bioimagem Santa Mônica) e amplia sua estratégia de crescimento em Minas Gerais por meio de uma plataforma verticalizada.

“A aquisição marca uma nova fase para a NotreDame, que está entrando em um mercado no qual quase não tem participação e não haverá concorrência dos principais players”, destacam Fred Mendes e Flávia Meireles, analistas da Ágora Investimentos. “Em termos de operações, apesar do já baixo MLR (taxa de sinistralidade) de 74%, dada a sua estrutura vertical, vemos espaço para melhorias adicionais, uma vez que a companhia está executando em cerca de 69%, o que deve levar à expansão da margem Ebitda”.

Hospital Santa Mônica-NotreDame Intermédica
O Grupo Santa Mônica atua no Centro-Oeste mineiro, englobando municípios com mais de 1,1 milhão de habitantes (Imagem: Reprodução/Hospital Santa Mônica)

O grupo atua no Centro-Oeste mineiro, englobando municípios com mais de 1,1 milhão de habitantes. Com duas unidades que somam 265 leitos, a empresa conta com uma carteira formada por aproximadamente 41 mil beneficiários na região e um parque de imagem completo, com tomografia e ressonância magnética, além de um laboratório de análises clínicas e operação própria de serviços de hemodinâmica.

Aquisição pequena, mas altamente estratégica

Segundo o BTG Pactual, a transação, ainda que pequena, é altamente estratégica.

“Assim como as aquisições inorgânicas anteriores da NotreDame, acreditamos que a justificativa por trás deste acordo foi relativamente similar: para expandir a atuação geográfica da empresa fora do estado de São Paulo (que ainda responde por aproximadamente 80% da base de membros)”, comentam Samuel Alves e Yan Cesquim, da equipe de análise do banco. Para eles, o grande ponto desta vez é que a NotreDame conseguiu estabelecer um novo hub de crescimento em Minas.

Compre a ação

Tanto a Ágora quanto o BTG têm recomendação de compra para o papel da empresa.

“Apesar de seu rico valuation, mantemos compra para a NotreDame nos baseando na fase de ganhos robustos (particularmente sobre uma base relativa, com a covid-19 prejudicando diversos players), uma boa consolidação estratégica e uma intensa atividade de fusões e aquisições”, justifica o BTG.

O banco aproveitou para elevar o preço-alvo da ação, de R$ 62 para R$ 75.

O preço-alvo indicado pela Ágora é de R$ 72.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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