Bolsa de Valores

Comprar depois da queda ficou mais complicado em Wall Street

21 dez 2021, 17:51 - atualizado em 21 dez 2021, 17:51
Wall Street
É uma mudança preocupante em relação ao passado recente, quando quedas de 1% foram reduzidas ou apagadas na sessão seguinte 68% das vezes (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

Comprar após a queda, uma operação recompensada praticamente todas as vezes que as bolsas dos EUA recuaram em 2021, enfrenta um grande desafio.

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Em forte baixa pela segunda sessão na segunda-feira, o S&P 500 registrou perdas consecutivas acima de 1% duas vezes nos últimos 30 dias, movimento quase sempre evitado anteriormente.

É uma mudança preocupante em relação ao passado recente, quando quedas de 1% foram reduzidas ou apagadas na sessão seguinte 68% das vezes.

Com isso, 2021 marcou um dos melhores anos para investidores que compram ações depois de uma baixa.

A dificuldade em retornar ao movimento de alta desafia investidores condicionados a antecipar essa recuperação e acrescenta mais um fator de estresse entre vários que pesam sobre apostas otimistas.

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Na semana passada, quando o S&P 500 caiu em apenas uma sessão, investidores injetaram US$ 30 bilhões em fundos de índice com foco em ações dos EUA, a maior entrada desde março, segundo dados compilados pela Bloomberg.

No entanto, as bolsas começaram a nova semana com outra má notícia em meio à recusa do senador Joe Manchin em apoiar o pacote de impostos e gastos do presidente dos EUA, Joe Biden, o que aumentou a longa lista de preocupações do mercado, como um Federal Reserve disposto a apertar a política monetária e a rápida propagação da variante ômicron do coronavírus.

Embora a capacidade do S&P 500 de reduzir perdas possa ser reconfortante para otimistas que apostam na repetição de um padrão sazonal historicamente favorável no fim do ano, com o cenário econômico nebuloso, muitos operadores podem estar prontos a realizar lucro em um ano em que o índice avançou 20%.

O mercado está pronto para “fazer uma pausa após uma grande corrida. Está cansado e trabalhou muito”, disse Bob Doll, diretor de investimentos da Crossmark Global Investments, em entrevista à Bloomberg TV.

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Ele destaca que, com a redução dos estímulos do banco central dos EUA, todos podem debater o ritmo do processo, “mas o Fed está deixando de ser nosso melhor amigo e acabará sendo nosso pior inimigo quando se trata do mercado”.

O S&P 500 fechou a segunda-feira em queda de 1,1%, embora tenha conseguido reduzir a baixa que chegou perto de 2% durante a sessão. É a quinta desvalorização em seis sessões, um dos piores períodos de volatilidade desde a onda vendedora da pandemia no início de 2020.

Com o Fed decidido a apertar a política monetária, ou seja, mais “hawkish”, e crescentes restrições às viagens globais com o avanço da ômicron, o tom do mercado começa a mudar sutilmente.

A fadiga das compras já aparece nos segmentos de maior risco. Nas últimas semanas, o índice Russell 2000 com empresas de pequena capitalização mostrou correção de 10%, ações de empresas que abriram o capital recentemente entraram em terreno baixista de 20%, e um grupo de empresas de tecnologia que não dão lucro despencou quase 30%.

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Mas o S&P 500 tem conseguido ficar acima de seu preço médio nos últimos 100 dias, tendência que tem atuado consistentemente como um piso durante todas as grandes derrocadas desde o mercado baixista na pandemia.

Durante as negociações de segunda-feira, o índice ficou a poucos pontos desse limite – recentemente perto de 4.523 – antes de se recuperar.

“Até agora o mercado tem sido bastante paciente, sem exagerar”, disse Lori Calvasina, chefe de estratégia de renda variável para EUA na RBC Capital Markets. “É assim que vai continuar e de forma adequada nas próximas semanas”, disse em entrevista à Bloomberg TV.

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