Internacional

Compras de Natal nos EUA devem mostrar desigualdade de retomada

28 set 2020, 16:44 - atualizado em 28 set 2020, 16:44
Trabalhadores com altos salários nos Estados Unidos têm se beneficiado de um forte mercado acionário e despesas mais baixas (Imagem: Pixabay)

Este Natal será de gastos exorbitantes e presentes luxuosos para muitas famílias americanas. Mas também terá orçamentos apertados e dificuldade em colocar comida na mesa para muitas outras.

Esse é o efeito da recessão provocada pela pandemia, que agrava as desigualdades entre ricos e pobres.

Trabalhadores com altos salários nos Estados Unidos têm se beneficiado de um forte mercado acionário e despesas mais baixas, o que lhes permite economizar mais do que nunca e gastar mais em presentes de Natal.

Os menos afortunados, entretanto, enfrentam demissões, despejo e insegurança alimentar. Chamada de recuperação “em forma de K”, as disparidades ficarão ainda mais evidentes na temporada de festas.

“O contraste provavelmente será muito grande”, disse James Galbraith, professor de economia da Universidade do Texas. “Para pessoas que têm salários regulares, muitos de nós somos realmente bem pagos porque as despesas que normalmente temos da vida diária foram reduzidas, mas, por outro lado, isso tirou o emprego de muitas pessoas que fornecem esses serviços.”

Apoiado por famílias financeiramente estáveis, o gasto total na temporada de Natal deve aumentar neste ano em relação a 2019, segundo análise da Deloitte. A demanda por roupas de alta qualidade e joias caras já se recupera em relação à desaceleração no início da pandemia.

Enquanto isso, mais de 13 milhões de americanos continuam desempregados.

Rachael Valentine, que tem dois filhos com menos de 10 anos, foi demitida em março de seu emprego como professora assistente em uma creche em Copley, Ohio, e ainda não voltou ao trabalho. Ela espera receber seus dois últimos cheques de seguro-desemprego nas próximas semanas.

“No que diz respeito às compras, se eu conseguir alguma coisa para meus dois filhos, será muito limitado”, disse Valentine à Bloomberg. “Provavelmente vou pedir ajuda a um abrigo para mulheres no qual estive anos atrás para presentear meus meninos.”

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bloomberg@moneytimes.com.br

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