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Conab prevê novo recorde na safra de grãos 22/23 do Brasil, com crescimento de quase 16%

13 jun 2023, 10:04 - atualizado em 13 jun 2023, 10:04
Soja grãos pib AGRO
Entre as principais culturas, os destaques ficam para soja, milho e trigo que devem representar um forte incremento na safra de grãos (Imagem: REUTERS/Jorge Adorno/File Photo)

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta uma produção de 315,8 milhões de toneladas na safra de grãos 2022/2023 do Brasil.

Os dados constam no 9º Levantamento da Safra de Grãos divulgado nesta terça-feira (13) e apontam para um novo recorde de produção, com crescimento de 15,8%, o que representa um volume 43,2 milhões de toneladas superior ao estimado no ciclo anterior.

Quanto ao plantio, a projeção indica um crescimento de 4,8% em relação à safra 2021/2022, estimada em 78,1 milhões de hectares.

“Esta estimativa marca um recorde na produção de grãos no nosso país, reafirmando o campo agrícola como um setor fundamental para o desenvolvimento brasileiro”, destaca o presidente da Conab, Edegar Pretto.

Soja

Com a colheita praticamente finalizada, chegando a 99,9% da área semeada, a estimativa é de um volume de 155,7 milhões de toneladas, um acréscimo de 24% (30,2 milhões de toneladas) na comparação com a temporada passada.

Mato Grosso, principal estado produtor, registra um novo recorde para a safra, com produção estimada em 45,6 milhões de toneladas.

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Já a Bahia se destaca como o estado com maior produtividade do país, 4.020 kg/hectare.

“Nos dois casos, o resultado é reflexo do bom pacote tecnológico e condições climáticas favoráveis neste ciclo”, ressalta o gerente da Conab, Fabiano Vasconcellos.

Milho

Para o milho, a projeção é de novo recorde, com produção estimada em 125,7 milhões de toneladas.

Dessa forma, somadas as 3 safras do cereal ao longo do ciclo, o volume é 11,1% acima do produzido em 2021/2022, o que representa 12,6 milhões de toneladas.

Na primeira safra do grão, a colheita está quase finalizada com uma produção de 27,1 milhões de toneladas.

Já para a segunda safra, em fase inicial de colheita, estima-se uma produção de 96,3 milhões de toneladas.

“As condições climáticas têm sido favoráveis para o desenvolvimento da cultura até o momento”, pondera Vasconcellos.

Trigo

Dentre as culturas de inverno, destaque para o trigo.

A área semeada do cereal já atinge 46,9% no país, o que representa um crescimento de 9,7% na área plantada.

Dessa forma, a cultura pode alcançar 3,4 milhões de hectares, o que resulta em uma produção de 9,8 milhões de toneladas.

Algodão, arroz e feijão

Já o algodão tem uma colheita estimada de 2,98 milhões de toneladas da pluma.

As lavouras apresentam um bom desenvolvimento, com a colheita já iniciada em áreas da Bahia e Mato Grosso do Sul.

Assim, para o arroz, a expectativa é que sejam colhidas cerca de 10 milhões de toneladas na safra 2022/23.

Já a produção de feijão deve ficar em torno de 3 milhões de toneladas, somadas as três safras.

Mercado

Neste levantamento, a Conab manteve estáveis as projeções do quadro de suprimentos da safra 2022/23 para os principais produtos analisados.

Com isso, ainda se espera um volume recorde para as vendas internacionais de milho e soja no país.

Os bons volumes projetados para milho e soja permitem embarques em torno de 95,6 milhões de toneladas para a oleaginosa e 48 milhões de toneladas para o cereal.

“No entanto, ainda é preciso estar atento a fatores externos como a safra norte-americana, que ainda pode ser impactada por questões climáticas, bem como a demanda do mercado chinês, a possibilidade de uma recessão mundial, entre outros fatores que afetam os preços e a demanda dos produtos”, analisa o gerente de Estudos Econômicos, Estatísticos e Política Agrícola da Conab, Allan Silveira.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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