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Confinamento de vacas vai aumentar sua base de animais próprios para fugir da reposição

02 jul 2021, 16:27 - atualizado em 02 jul 2021, 16:37
Agropecuária Boi Gado
Animal de cocho está caro para engordar e com vendas fracas para mercado interno (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A oferta de vaca magra para engorda e abate até que não está ruim, por conta do descarte e falta de pasto. Mas essas fêmeas que vêm de fora representam pouco para o confinamento do Grupo Franco.

Em torno de 75% dos 5 mil animais, por giro, vem das suas fazendas de recria no Mato Grosso e Pará.

A briga da empresa – que confina 20% de vacas, 60% de novilhas e 20% de boi -, está na reposição, até que consiga completar o ciclo completo.

O enxugamento do mercado de matrizes, com a valorização do bezerro, que está batendo numa boiada bem mais curta – fator de alta do boi gordo mesmo durante a safra de verão -, está fazendo “brigar todo dia por preços”.

Glauco Franco, proprietário, embarcou 200 vacas gordas da sua base de engorda em Votuporanga (SP) – Confinamento Parafuso – a R$ 305 a @.

Hoje, uma bezerra no Mato Grosso, meio sangue, está em R$ 2,1 a R$ 2,2 mil.

Para engordar ficou muito caro. Do milho, da polpa cítrica, do caroço de algodão, do farelo de soja e do melaço da soja, o produtor conseguiu travar bem três. Apertou, mas menos.

Ao mesmo tempo, houve uma diminuição das vendas. “Cliente que comprava de 200 a 300 vacas por semana, está comprando 80 agora”, afirma Franco.

Só não está pior porque muitos frigoríficos pequenos e médios não conseguem girar o negócio pagando R$ 320 a R$ 322 que é a média do boi gordo em São Paulo. Então levam um pouco de vaca e “embolam”.

Para o próximos anos, a dependência do Grupo Franco de compra de vaca jovem para recriar e, depois, engordar, vai diminuir.

Em 2020, Glauco Franco mudou a configuração de suas propriedades no Centro-Oeste e Norte. Uma em cada região passou também para a cria.

Ele vem retendo um pouco de fêmea, mais vai gerar mais bezerro.

 

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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