Conflito entre Irã e Israel pode recomeçar, diz Trump; Regime iraniano admite ‘danos graves’ a instalações nucleares

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (25) que Israel e Irã estão exaustos, mas alertou que o confronto entre os dois países pode recomeçar.
“Eu lidei com ambos e eles estão cansados e exaustos, mas acho que algum dia pode começar de novo [o confronto]. Talvez em breve”, disse.
Além disso, Trump acrescentou que seu governo pretende manter o diálogo com o Irã após o fracasso nas negociações sobre o programa nuclear iraniano, que culminaram em um ataque norte-americano às instalações do país no sábado (21).
- S&P 500 se aproxima de máxima histórica após alivio das tensões entre Irã e Israel. Confira como isso deve afetar os seus investimentos no Giro do Mercado de hoje.
Instalações foram ‘gravemente danificadas’
Também nesta quarta-feira (25), o Ministério das Relações Exteriores do Irã reconheceu que as instalações nucleares foram “gravemente danificadas” pelos bombardeios dos EUA.
A confirmação foi feita pelo porta-voz da pasta, Esmail Baghaei, em entrevista à emissora Al Jazeera. “Nossos complexos foram gravemente danificados, isso é certo”, declarou.
Até então, o regime iraniano e a mídia estatal estavam minimizando o tamanho dos danos causados pelos ataques ao programa nuclear do país.
Fim da ‘guerra de 12 dias’
Ontem (24), após 12 dias de confrontos, o Irã anunciou o fim do conflito contra Israel. De acordo com a imprensa estatal iraniana, o presidente Masoud Pezeshkian celebrou o término dos combates como uma ‘grande vitória’.
A agência oficial IRNA informou que, durante uma ligação telefônica com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, Pezeshkian declarou que o país está disposto a resolver as diferenças com os Estados Unidos com base em estruturas internacionais.
Por outro lado, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Israel, Eyal Zamir, disse que os militares estão “concluindo um capítulo significativo, mas a campanha contra o Irã não terminou”.
Apesar disso, ele ressaltou que, no momento, o foco das operações voltou a ser a guerra contra o Hamas, na Faixa de Gaza.
*Com informações da Reuters