Guerra

Conselho de Segurança da ONU aprova resolução dos EUA sobre plano de Trump para Gaza

18 nov 2025, 4:04 - atualizado em 18 nov 2025, 4:40
Guerra Israel Hamas Palestina Gaza disparada preço petróleo cotação US$ 250 dólares barrl bank of america BofA relatório 25 outubro 2023 cenários irã estados unidos eua escalada conflito
Conselho de Segurança da ONU aprova plano para fim da Guerra na Palestina (Reuters/ Ibraheem Abu Mustafa)

O Conselho de Segurança da ONU votou nesta segunda-feira (17) pela adoção de uma resolução elaborada pelos Estados Unidos que endossa o plano do presidente Donald Trump para acabar com a guerra em Gaza e autorizar uma força internacional de estabilização para o enclave palestino.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Israel e o grupo militante palestino Hamas concordaram no mês passado com a primeira fase do plano de 20 pontos de Trump para Gaza, um cessar-fogo em sua guerra de dois anos e um acordo de libertação de reféns, mas a resolução da ONU é vista como vital para legitimar um órgão de governança de transição e tranquilizar os países que estão considerando enviar tropas para Gaza.

O texto da resolução diz que os Estados-membros podem participar do Conselho de Paz liderado por Trump, previsto como uma autoridade de transição que supervisionaria a reconstrução e a recuperação econômica de Gaza. Também autoriza a força de estabilização internacional, que garantiria um processo de desmilitarização de Gaza, incluindo a desativação de armas e a destruição da infraestrutura militar.

O Hamas, em uma declaração, reiterou que não se desarmará e argumentou que sua luta contra Israel é uma resistência legítima, potencialmente colocando o grupo militante contra a força internacional autorizada pela resolução.

“A resolução impõe um mecanismo de tutela internacional sobre a Faixa de Gaza, que nosso povo e suas facções rejeitam”, disse o Hamas em sua declaração, emitida após a adoção da resolução.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mike Waltz, embaixador dos EUA na ONU, disse que a resolução, que inclui o plano de 20 pontos de Trump como um anexo, “traça um possível caminho para a autodeterminação palestina… onde os foguetes darão lugar a ramos de oliveira e há uma chance de chegar a um acordo sobre um horizonte político”.

“Ele desmantela o controle do Hamas e garante que Gaza se erga livre da sombra do terror, próspera e segura”, disse Waltz ao conselho antes da votação.

A Rússia, que detém um veto no Conselho de Segurança, sinalizou anteriormente uma possível oposição à resolução, mas se absteve da votação, permitindo que a resolução fosse aprovada. A China também se absteve.

A Autoridade Palestina emitiu uma declaração saudando a resolução e disse que está pronta para participar de sua implementação. Diplomatas disseram que o endosso da resolução pela autoridade na semana passada foi fundamental para evitar um veto russo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Novo Estado Palestino

A resolução se mostrou controversa em Israel porque faz referência a uma possibilidade futura de um Estado para os palestinos.

O texto da resolução diz que “as condições podem finalmente estar em vigor para um caminho crível para a autodeterminação palestina e a formação de um Estado” quando a Autoridade Palestina tiver realizado um programa de reforma e a reconstrução de Gaza tiver avançado.

“Os Estados Unidos estabelecerão um diálogo entre Israel e os palestinos para chegar a um acordo sobre um horizonte político para uma coexistência pacífica e próspera”, diz o documento.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sob pressão dos membros de direita de seu governo, disse no domingo que Israel continuava a se opor a um Estado palestino e se comprometia a desmilitarizar Gaza “da maneira mais fácil ou mais difícil”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
Por dentro dos mercados

Receba gratuitamente as newsletters do Money Times

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar